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domingo, 25 de maio de 2008

COMBUSTÍVEIS: UM GOVERNO QUE NÃO GOVERNA

O Director da Agência Internacional de Energia (AIE) da OCDE, Fatih Birol, declarou, recentemente, "DEIXE O PETRÓLEO ANTES QUE ELE NOS DEIXE" e que "O mundo pode ficar desprovido de petróleo mais rapidamente do que o esperado". Calcula-se que o declínio na produção atinja valores entre 3,7 e 4,2% ao ano, valor este que, em função dos mercados emergentes, conduzirão à escassez do produto e aos altos preços que acompanharão a procura. Neste momento estão já a faltar 12,5 milhões de barris por dia, cerca de 15% da procura global de petróleo. (desenvolvimentos em www.resistir.info).
É evidente que sabemos que o petróleo é finito e que há que criar alternativas. Esta é uma situação com a qual teremos de conviver doravante. Outra coisa é, em função do preço corrente do barril, o consumidor final pagar um valor que não corresponde ao preço de mercado do produto. Ainda mais grave, para a Madeira, enquanto região ultraperiférica é a seguinte constatação:
O preço dos combustíveis na Região Autónoma das Canárias é mais barato que na Espanha Continental;
O preço dos combustíveis na Espanha Continental é mais barato que em Portugal Continental;
O preço dos combustíveis na Região Autónoma da Madeira é mais caro que na Região Autónoma das Canárias;
O preço dos combustíveis na Região Autónoma da Madeira é mais caro que na Região Autónoma dos Açores.
Nada que há muito não se sabia. Fará algum sentido que a gasolina sem chumbo seja mais cara na Madeira (12,5%) relativamente aos Açores; que o gasóleo seja mais caro 44,1%; o gasóleo agrícola 60,3%; o gasóleo para as empresas de pesca (65,5%); que o gás butano seja mais caro (35,5%)? Fará isto algum sentido?
Enquanto isto se passa, com a Galp Energia a registar um lucro no primeiro trimestre deste ano de 109 milhões de euros, ou seja, 1,2 milhões de euros por dia, enquanto a economia regional é arrasada e, de resto, toda a população pelas implicações a jusante que resultam dos preços dos combustíveis, o Governo Regional não mexe uma palha, muito menos assume um discurso que justifique a vergonha que se está a passar. Por quanto tempo mais a Região Autónoma da Madeira estará entregue a UM GOVERNO QUE NÃO GOVERNA?

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