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sábado, 14 de junho de 2008

AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2009

Manuel Maria Carrilho, militante do Partido Socialista, escreve, hoje, um artigo de opinião, no Diário de Notícias de Lisboa, que constitui uma oportuna chamada de atenção para a Direcção Nacional do PS. Estou totalmente de acordo com o texto e, por isso, aqui deixo a parte mais significativa que não dispensa a leitura integral do artigo.
"É preciso ter mundo, ver longe e ouvir perto: o momentum será, nos próximos tempos, de quem compreender isto. E de quem, depois de o compreender, seja capaz de avançar na linha das suas consequências. É este, a meu ver, o caminho que nos poupará ao dilema entorpecedor que comprometerá os resultados alcançados e tornará ainda mais problemático o futuro do País. E são cinco os eixos fundamentais dessa via:
1) Assumir responsável e pedagogicamente os dados da actual crise, assim como a mudança de paradigma civilizacional - na energia, no crédito, no consumo, nos transportes, no turismo, etc. - que ela impõe com urgência;
2) Colocar Portugal na linha da frente do combate pela elaboração de um "plano europeu" capaz de responder à crise, e por uma União Europeia que avance no governo económico, na harmonização fiscal e na dinamização de um espaço público efectivamente comum;
3) Fazer do combate à pobreza, da luta contra as desigualdades e do reforço da classe média uma autêntica prioridade política na acção do Executivo;
4) Rever com realismo, à luz dos condicionalismos que se conhecem e dos que se antecipam, as chamadas "grandes obras", sejam elas rodoviárias ou ferroviárias, aeroportuárias ou comemorativas. Reorientar todo o investimento possível para a qualificação do território, das instituições e, sobretudo, das pessoas;
5) Organizar um "comité de peritos", com personalidades nacionais e internacionais, que acompanhe o ano 2008/2009, preparando desde já o programa a apresentar ao País para o período 2009/2013, tendo como horizonte a próxima década.
Este programa deveria ser debatido de forma regular e aberta, nuns renovados Estados Gerais que deveriam ser convocados a partir do próximo Outono. Os próximos tempos serão, sem dúvida, extraordinariamente difíceis e exigentes. Mas algo me diz, nesta época de palpites, que vai ser por aqui, com este tipo de inspiração, que se vai ganhar em 2009".

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