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quinta-feira, 17 de julho de 2008

UMa TESE E AS DECLARAÇÕES DO REITOR

As repercussões continuam em redor do trabalho de investigação que sustentou a tese de Doutoramento da Professora Liliana Rodrigues. Agora foi a vez do Reitor da Universidade. Inevitavelmente, teria de assumir uma posição. Poderia era tê-lo feito de outra forma. E isto porque, se por um lado, apreciei o raspanete dado ao secretário da Educação e à presidência do governo quando afirmou que "(...) não é qualquer cidadão de um estado democrático que faz parte de um júri de doutoramento. Têm que chegar a doutorado", essa passagem, apesar de ser óbvia, encaixa, exactamente, em algumas figuras que, levianamente, colocaram em causa um estudo que, em abstracto, tem de ser assumido como de irrepreensível rigor científico. Já não concordo quando sublinhou que "(...) não me parece correcto levar para a discussão política o que é da universidade". Aqui, o Senhor Reitor está profundamente errado. O Sistema Educativo, da base à cúpula do processo organizativo, e não só, é político. A instituição universidade ser mais ou menos apoiada no que diz respeito ao financiamento, por exemplo, tem a ver com prioridades que são políticas. Eu próprio tenho andado a forçar junto do governo da República a necessidade da UMa recuperar o valor do financiamento de 2005 (11.2 milhões de euros). O debate em redor da "dupla tutela" (que eu discordo) constitui um acto político. E quando alguns, por interesse político, colocam em causa a instituição universitária, o rigor, a capacidade científica e a qualidade, é dever dos políticos sérios, no mínimo, inteirarem-se do que se está a passar e terem uma actuação conveniente. O que o Senhor Reitor não disse nem me parece que tenha coragem para assumir, é que há uma clara, histórica e intencional obstrução da Secretaria da Educação ao Departamento de Ciências da Educação. Talvez se, há mais tempo, tivesse defendido o Departamento a salvo dos apetites políticos e colocado alguns senhores no seu lugar, a vergonha das declarações produzidas por alguns responsáveis não tivesse tido lugar.

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