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sábado, 30 de agosto de 2008

O PÃO DE SANTANA E OS DESVIOS DE ATENÇÃO

Duas notas:
Tenho da actividade parlamentar, dentro e fora do Parlamento, um conceito que implica muita seriedade e respeito. E mais do que isso, os grupos parlamentares existem com duas funções determinantes, a de legislar e a de fiscalizar os actos do governo. Fico perplexo, quando:
1º Os parlamentares do PSD apresentam-se em Santana na defesa da certificação (julgo que é isso que pretendem) do Pão de Santana. Como se isso fosse comparável ao bolo de mel, ao mel de cana e outros produtos de qualidade que exigem a defesa da qualidade. Sinceramente, não estou a ver o Parlamento vir a discutir, brevemente, porque me parece ridículo, os ingredientes do Pão de Santana, as características da massa e o respectivo tempo de cozedura. Não leva tempo e estaremos a discutir o Pão de Gaula, o Pão com Chouriço, o Bolo do Caco, etc.. A Madeira tem hoje problemas gravíssimos para debater e resolver que não os do Pão de Santana. Certo?
2º Têm sido muitas as críticas à desertificação comercial da zona baixa da Ribeira Brava. Há lojas a encerrar e comerciantes com os nervos em franja. Sendo este um quadro preocupante, dou comigo a seguir, na RTP, uma visita do Grupo Parlamentar do PSD à praia da Ribeira Brava, onde foram salientadas as magníficas condições de acessibilidade ao mar que o concelho desfruta. Ora bem, o problema não é esse nem está ao nível do calhau. Está um pouco mais acima, na parte comercial, no estacionamento, no trânsito, na angústia dos comerciantes e nas respostas que devem ser dadas no sentido das vias rápidas não serem, apenas, pontos de chegada e de partida. Alguma coisa deverá acontecer de permeio para que as vilas e os locais não morram. É isso que está em causa e que deve ser analisado. Certo?

3 comentários:

F,Jardim disse...

Sem sombra de qualquer duvida, estou de acordo com o Deputando, a julgar, por o que conheço de fabrico de pão nas padarias da região, só uma unidade fabrica esse tipo de pão, e a mesma fica no concelho do Funchal, por isso os senhores que foram a Santana, foram ver os campos de trigo que deu origem, ao (FABRICO DO DITO PÃO QUANDO AINDA SE TRABALHAVA NA TERRA NAS PLANTAÇÕES DO TRIGO EM SANTANA) trigo esse quando moído e transformado em pão de Santana. A certificação é bem-vinda talvez venhamos a saber a origem da farinha.

Anónimo disse...

Há uma gralha no texto: "debetar" quando deve ser debater.
Concordo com o que afirma o autor deste post, embora reconheça que, a bem do consumidor, que tem levado gato por lebre, nomeadamente quando dizem que é pão de Santana sem o ser, este debate terá que ser feito. Não é o momento agora, mas será um dia...

André Escórcio disse...

Obrigado pela correcção.