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sábado, 6 de setembro de 2008

UNIVERSIDADE DA MADEIRA

Alguns devem estar recordados de uma luta que desencadeei no final dos anos 90, na qualidade de Deputado na Assembleia Legislativa da Madeira, quando a Reitoria da Universidade da Madeira entendeu adquirir uma Quinta em S. Roque por um valor (já não me recordo o quantitativo exacto) que era sensivelmente o dobro do que tinha custado, uns meses antes, aos proprietários da altura. Se, para os proprietários era um negócio da China e estavam no seu direito de vender a propriedade por 600 mil contos (?), já para a UMa o negócio era ruinoso face a tantas carências e prioridades que a instituição apresentava. Levei o caso até ao Secretário de Estado do Ensino Superior, com quem tive uma longa reunião e o processo parou. Não porque não considerasse importante que a UMa tivesse instalações próprias, tivessem o destino que tivessem, mas porque a aquisição não me parecia correcta e transparente. Sei, também, que nessa altura estava a iniciar o meu Doutoramento, era Assistente Convidado com a responsabilidade de duas "cadeiras" e interessado em desenvolver trabalho naquela instituição. Nesse período conturbado, onde me meti no meio de um negócio que muitos docentes consideravam ruinoso, um Professor chegou-me a dizer mais ou menos isto: "cuidado, André, porque todos os que levantam problemas, na primeira oportunidade, os contratos não são renovados". E assim aconteceu, subtilmente, com justificações esfarrapadas. Pouco me importou essa situação, confesso, porque tinha e tenho consciência que cumpri o meu dever de cidadão e de político.
Sigo, agora, através do blogue Ultraperiferias, que certas situações se mantêm e que, alegadamente, são graves. Se o que se diz corresponde à verdade, lamento, porque não prestigia a instituição. E, neste pressuposto, seja lá o que for deve se investigado até ao mais ínfimo pormenor. Não basta andar, sistematicamente, na comunicação social a reivindicar mais dinheiro do Estado. Importante também é que todos os actos internos sejam transparentes. Doa a quem doer!

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