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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

SENSIBILIDADE SOCIAL E DEMOCRÁTICA

O Presidente do Governo, nas últimas semanas, claramente a reboque da pressão exercida pela oposição, em todas as suas aparições públicas, vem com a história das preocupações sociais. Sistematicamente, coloca em evidência, ser este um governo social. Da boca para fora, digo eu, pois um governo com preocupações sociais é consequente, não se fica pelos discursos de circunstância e não chumba, na Assembleia Legislativa da Madeira, tantas propostas oriundas da oposição. Não conheço uma proposta com implicações na área social que tenha sido aprovada na generalidade e discutida na especialidade. Trata-se de uma situação absolutamente lamentável. Não deixa de ser curioso, por exemplo, por comparação com os Açores, o número de propostas e de aditamentos da oposição e que são aprovados pela maioria socialista. Soube, esta manhã, que, nos Açores, foi aprovado um "complemento para a aquisição de medicamentos pelos idosos", no valor de 50% do salário mínimo mensal, pago, uma vez por ano, no mês de Maio. Essa proposta foi apresentada pelo CDS/PP açoriano que, na altura, tinha apenas um deputado. A proposta foi aprovada pela maioria socialista apesar de ter maioria absoluta na Assembleia. A isto chama-se sensibilidade social e sensibilidade democrática.
Por aqui a história é outra. Tudo o que parte da oposição tem um destino: chumbo e lixo. Não interessa que as propostas estejam bem elaboradas e fundamentadas. Não interessa a oportunidade e a qualidade das propostas. Não interessa que vá ao encontro de necessidades sentidas e reclamadas. A voz do outro lado do hemiciclo é sempre a mesma: o governo já está a fazer ou já está a tomar medidas!!! Repetidamente, em síntese, é este o discurso. E, no dia seguinte, já ninguém se lembra, porque, quem mais precisa, paradoxalmente, também evidencia memória curta. E o poder sabe que é assim, que o que se passa na Assembleia não chega ao Povo e, portanto, brinca com a pobreza, brinca com os que passam fome, brinca com os excluídos e brinca com as famílias desfavorecidas. Invevitavelmente, isto terá um fim.

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