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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

PARLAMENTO: SÓ RESTA PARAR PARA REFLECTIR

Jorge Miranda constitucionalista, os próprios partidos da oposição em tempo oportuno e outros comentadores, consideraram ilegal o impedimento de entrada na Assembleia da Madeira, do Deputado do PND na sequência dos acontecimentos de ontem.
Mas o PSD-M assim não entendeu e a verdade é que a sede do Parlamento, lamentavelmente, surgiu esta manhã cheia de polícias e de seguranças privadas. Digamos que o caldo se entornou. Uma ilegalidade foi combatida com outra ilegalidade. Se a situação já era complexa pior ainda ficou como o Dr. Baltazar Aguiar, na qualidade de espectador, nas bancadas destinadas ao público, a manifestar-se contra a situação, facto que conduziu à suspensão dos trabalhos parlamentares, alguns arrufos entre deputados e, na porta da Assembleia, cenas muito tristes com a polícia e a segurança privada a impedirem o acesso às instalações do Deputado do PND.
Penso que a Assembleia atingiu o grau zero. Há, em minha opinião, uma imperiosa necessidade de parar para reflectir, para serenar os ânimos, para rever procedimentos históricos, para chegar a acordos de princípio democrático, para que o respeito seja a norma e não a excepção, para que a dignidade e o prestígio regressem ao Parlamento. A continuar assim, estou certo que não levará muito tempo e as pessoas de qualidade da nossa sociedade, dificilmente aceitarão uma candidatura a Deputado, tão desprestigiada está a função.
Esta foi a gota de água que faltava. É meu entendimento, no cruzamento de alguns dados, que doravante é bem possível que a radicalização dispare e que as tensões aumentem com resultados imprevisíveis. É preciso reflectir, não sobre os últimos acontecimentos, mas sobre todo o passado e sobre o comportamento da maioria sobre as diversas oposições. É nas causas que os grupos parlamentares devem actuar, com bom senso, sob pena de, amanhã, este fogo ser incontrolável. Independentemente deste aspecto, creio que o Presidente da República deve intervir (o seu silêncio há muito que é ensurdecedor), não sei até onde, mas não excluo a possibilidade de, para já, dirigir uma mensagem à Assembleia Legislativa da Madeira nos termos constitucionais. Os próximos dias serão determinantes.
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6 comentários:

Anónimo disse...

até parece que a culpa pelos actos do PND não é do PND!

Anónimo disse...

mas será que as pessoas não consequem fazer o essencial - condenar as atitudes do pnd.

até parece que não foi o pnd que fez estas garotices de há meses para cá.

a radicalização só beneficia o psd.

André Escórcio disse...

Obrigado pelos seus comentários. Confesso que não gosto de responder a "anónimos" por uma questão de princípio e, sobretudo, quando os comentários ultrapassam um certo rigor de linguagem. Que não é o caso. Por isso, abro uma excepção.
A questão que, do meu ponto de vista, se coloca é a de corrigir o funcionamento da Assembleia no sentido de garantir uma imagem pública de dignidade.
No caso em apreço, se reparou, nunca fiz nem faço juízos de valor aos culpados da situação. Agora, preocupa-me o que se passa com a qualidade da Democracia na Madeira. Essa é a minha grande preocupação. E neste aspecto, em defesa de todos nós, madeirenses, independentemente das convicções partidárias de cada um, há um trabalho a fazer sob pena da Assembleia, aos olhos do Povo, não se justificar, o que abre caminho ao acentuar de estratégias políticas ditatorias.

André Escórcio disse...

Obrigado pelos seus comentários. Confesso que não gosto de responder a "anónimos" por uma questão de princípio e, sobretudo, quando os comentários ultrapassam um certo rigor de linguagem. Que não é o caso. Por isso, abro uma excepção.
A questão que, do meu ponto de vista, se coloca é a de corrigir o funcionamento da Assembleia no sentido de garantir uma imagem pública de dignidade.
No caso em apreço, se reparou, nunca fiz nem faço juízos de valor aos culpados da situação. Agora, preocupa-me o que se passa com a qualidade da Democracia na Madeira. Essa é a minha grande preocupação. E neste aspecto, em defesa de todos nós, madeirenses, independentemente das convicções partidárias de cada um, há um trabalho a fazer sob pena da Assembleia, aos olhos do Povo, não se justificar, o que abre caminho ao acentuar de estratégias políticas ditatorias.

André Escórcio disse...

Obrigado pelos seus comentários. Confesso que não gosto de responder a "anónimos" por uma questão de princípio e, sobretudo, quando os comentários ultrapassam um certo rigor de linguagem. Que não é o caso. Por isso, abro uma excepção.
A questão que, do meu ponto de vista, se coloca é a de corrigir o funcionamento da Assembleia no sentido de garantir uma imagem pública de dignidade.
No caso em apreço, se reparou, nunca fiz nem faço juízos de valor aos culpados da situação. Agora, preocupa-me o que se passa com a qualidade da Democracia na Madeira. Essa é a minha grande preocupação. E neste aspecto, em defesa de todos nós, madeirenses, independentemente das convicções partidárias de cada um, há um trabalho a fazer sob pena da Assembleia, aos olhos do Povo, não se justificar, o que abre caminho ao acentuar de estratégias políticas ditatorias.

Anónimo disse...

Pois,pois...
Ele é Povo Superior, ele é Madeira Nova... e ficam muito arrepiados quando alguém tem a coragem de lhes esfregar nas ventas a Cruz Suástica!!!
Se a hipocrisia matasse...