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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

FORTUNAS MAL EXPLICADAS

A fortuna quando bem explicada não me incomoda. Pelo contrário. Quando ela é gerada com suor, criatividade, inovação e risco, tem o meu aplauso e reconhecimento. E se elas são geradoras de emprego e riqueza distribuída no pleno respeito pelos direitos laborais, ainda mais aplausos me merecem. Quando são conseguidas pelo favorecimento político, pelas vias tortuosas do canibalismo económico, pelo espezinhamento dos trabalhadores, enfim, quando elas são muito mal explicadas, aí, alto e parem o baile, não tenho contemplações.
Honoré de Balzac, provavelmente, sabia do que falava quando sintetizou: "Por detrás de uma grande fortuna está um grande crime", até porque, numa fase da sua vida, tentou assegurar a sua independência por meio de especulações industriais. Foi editor, impressor, etc., mas nenhuma das suas empresas triunfou e só lhe deixaram dívidas. Certamente, porque não cometeu qualquer crime! Terá sido?
No momento que a Madeira atravessa em múltiplos aspectos, reflectir Balzac (1799/1850) talvez não seja má ideia.

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