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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

POLÍTICA DESPORTIVA EM DECOMPOSIÇÃO

É indisfarçável que a política desportiva da Madeira está com morte anunciada. Desde sempre assumi que este caminho traria grandes e graves dissabores à administração regional. Acredito que esta situação, para qualquer pessoa que se preocupe, eu diria é que é tirar o sono. Mas, de facto, não sei se tirará porque a lógica, acéfala, de quem o dirige é semelhante à daquele sujeito que a bordo do avião em queda diz: quero lá saber... o avião até nem é meu! Portanto, não deve tirar o sono a avaliar na irresponsável insistência de um modelo errado de raiz.
Há subsídios com dois anos de atraso e, agora são os do futebol regional, afogados até ao pescoço em dívidas e sem possibilidades de sairem da subsidiodependência para a qual foram empurrados que gritam por socorro. O Jornalista Luis Calisto, na edição de hoje do DN-M coloca o problema de uma forma correcta:
"Custa perceber que diabo de graça tem andar de 15 em 15 dias para lá e para cá, de avião, a fazer jogos de futebol com clubes que nada dizem aos madeirenses e apresentando no 'onze' poucos jogadores do concelho ou freguesia. Mas o modelo implantado é esse e parece que está para durar enquanto se mantiver a linha política actual. Ninguém subsiste à custa de argumentos desportivos. Todos foram na onda da dependência. Não há clube dos nacionais que pense em arranjar alguma receita. O governo dá tudo, como faz nas outras actividades, desde a banda da aldeia ao grupo folclórico, passando por festas e concertos. É subsídio para tudo. Portanto, os clubes não assentam a sua existência em bases com um mínimo de solidez. O que acabará no trambolhão que se adivinha".
Eu costumo dizer que o sistema desportivo regional gerou um MONSTRO face ao qual ninguém, neste momento, tem coragem e capacidade para o enfrentar. Estou convicto que devorar-se-á a si próprio. Esta é a consequência de um desporto ao serviço da política e não de um desporto ao serviço do desenvolvimento. Até quando temos de suportar esta falta de visão, esta ausência de inteligência que promova o reajustamento da actual política desportiva no sentido de um paradigma sustentável, prioritariamente ao serviço da educação e da cultura.

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