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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

PORQUE NÃO TE CALAS?

Quatro breves notas no início desta manhã política.
1º A Drª Manuel Ferreira Leite, com ironia ou não, embora aceite que terá sido um deslize, deu a entender da necessidade de suspensão da Democracia durante seis meses. Ora bem, todos sabem que, por aqui, há 32 anos que a Democracia anda "suspensa", naquilo que é essencial, isto é, naquilo que não se esgota nos actos eleitorais e isso não tem conduzido a tanto alarido. Gostaria que tal se verificasse, a bem da correcção dos processos regionais. Portanto, a líder do PSD quando discursa deveria ter a noção exacta das palavras e do que se faz numa Região liderada pelo seu próprio partido.
2º O futebol profissional pouco me encanta. Este futebol da Região, obviamente. Por múltiplas razões que tenho vindo a explicitar. Mas não deixa de ser curioso, o que me proporciona uma saudável gargalhada, o facto do presidente do governo regional não acertar, porque fala fora de tempo e fala sem saber o que é o treino e o jogo. Falou do Marítimo, bateu forte e feio, até de uma maneira muito pouco elegante, visando jogadores e técnicos. Passaram-se algumas semanas e, temporariamente ou não, o clube subiu na tabela e aproximou-se dos lugares de topo. Uma vez mais o Rei tem razão... porque não te calas?
3º Está quantificada a dívida da Região. São, grosso modo, cerca de 7.000 milhões de euros que estão em causa. Valores extremamente preocupantes e que terá de ser pago pelas gerações vindouras. Há que esclarecer isto porque a sensação que me invade é que vamos a caminho da bancarrota. No debate do orçamento tudo isto terá de ficar esclarecido, sem subterfúgios e lengalengas que adormecem mas não resolvem os problemas.
4º Achei interessante o texto do Dr. Roque Martins publicado, hoje, no jornal Cidade, a propósito dos números da pobreza. O título é sugestivo: A mentira como arma. E sublinha: "Nunca se mentiu tanto como nos dias que correm. Nem de modo tão desavergonhado, sistemático e constante (...) ora os meus números (da pobreza) não só são fiáveis como assentam em estudos elaborados por técnicos do melhor que o país tem (...)". Quando estas observações partem de quem esteve por dentro, estudou, analisou e publicou, pergunta-se, de que vale o Secretário dos Assuntos Sociais continuar a ignorar a realidade?

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