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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

QUEM ANDA DE BRAÇO DADO COM A MINISTRA DA EDUCAÇÃO É O GOVERNO REGIONAL!

Detesto quem deturpa os meus posicionamentos. Antes de falar procuro estudar, auscultar e compaginar posições, para depois, então, assumir uma posição. É meu dever por uma questão de princípio, de rigor, de respeito por quem me elegeu e também, pelo efeito de soma das convicções alimentadas ao longo da vida. Pertenço a uma classe profissional, defendo-a, mas não embarco em demagogias, tampouco em corporativismos bacocos. É por isso que, sobre o funcionamento do Sistema Educativo, porque passo horas a ler, a cruzar informação e a consultar pessoas que muito prezo pelo conhecimento que demonstram, não aceito que alguém venha com histórias do tipo: o que os senhores querem é que não haja avaliação de desempenho, que é como quem diz, o que querem é a bandalheira; nós é que somos pelo rigor, pela qualidade, etc. etc..
É evidente que perante atitudes destas que se enquadram nas banalidades da política o melhor é passar ao lado. Mas entendo que não as devo deixar passar uma vez que, tais atitudes políticas que visam gerar a confusão, prejudicam de forma desleal e gravosa o sistema e quase sete milhares de educadores e professores que desempenham a sua função educativa na Região Autónoma da Madeira. Ainda há dias assumi e volto aqui a sublinhar: "quem anda de braço dado com a Ministra da Educação é o governo regional e não o grupo parlamentar do PS".
De facto, o sentimento que tenho é que nos querem colar a uma política sobre a qual temos acentuadas divergências. Mas não vão conseguir porque o nosso espaço de luta política está definido, é na Madeira, porque a Região é Autónoma e porque temos profundas convicções sobre as políticas que melhor se enquadram para o desenvolvimento da Madeira.
Neste particular, lutei por um Estatuto da Carreira Docente digno e não por um estatuto "melhorzinho" (preparem-se que já vai outro a caminho (revisão) dentro de pouco tempo), luto por uma revolução na politica desportiva, quer na escola quer no sector associativo, e está em curso um novo diploma sobre a Acção Social Escolar. E estamos muito atentos relativamente à avaliação de desempenho, cuja posição do grupo parlamentar é muito clara. Está escrita, desenvolvida e assumida, pelo Presidente do Partido e por todo o grupo parlamentar. Vamos denunciá-la se ela não corresponder aos interesses do sistema e da classe docente.
Isto para dizer, no essencial, que quero ajudar a romper com este sistema educativo, velho, ultrapassado, problemático, conflitual, burocrático, onde os resultados não são proporcionais ao investimento. Os "ranking's" das escolas, com todas as reticências que se podem colocar, demonstraram, uma vez mais, através dos resultados, que este sistema de 32 anos de responsáveis políticos do mesmo partido, já não responde às necessidades deste tempo, das famílias, dos alunos, enfim, de toda a comunidade educativa. Não perceber isto, não perceber que há outras formas de organizar o sistema para que ele apresente resultados positivos, não querer entender as causas que estão a conduzir ao desastre, colocar a Autonomia na gaveta e gerir o sistema numa rotina de funcionário que entra às 9 e larga às 17:30, não compreender que se torna urgente ver a Escola num ambiente sistémico e não afunilado na teoria da organização burocrática, não querer aceitar que a preocupação deve ser o aluno e o seu rendimento, significa que falam, falam e falam mas evidenciam muitas lacunas no conhecimento político-estratégico que deve nortear um sistema educativo portador de futuro. Esperar que bata no fundo é um erro. Só resta a possibilidade, mesmo com todos os chumbos às propostas, continuar a fazer ver o erro grosseiro que estão a cometer.

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