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sábado, 3 de janeiro de 2009

COISAS ESTRANHAS

Duas notas nesta manhã de Sábado.
1ª Acho muito estranho o que acabo de constatar. O programa da RDP-Madeira, Face a Face, que hoje esteve no ar entre as 11 e as 12 horas, tem um novo "pivot". A jornalista Daniela Maria foi substituída pelo Director da RTP/RDP. Por um lado, não me parece natural que um director, embora jornalista, pelas funções que desempenha, se envolva ao nível da informação não diária; por outro, sendo a jornalista Daniela Maria uma referência pela forma profissional e absolutamente isenta como desenvolve o seu trabalho, a substituição tem, certamente, outros contornos que não apenas os critérios de atribuição de responsabilidades, os quais dizem apenas respeito à direcção da rádio pública. Há qualquer coisa aqui que não bate certo.
Não vou comentar o conteúdo do programa no qual participam, como comentadores, o Dr. Ricardo Vieira, o Engº David Caldeira e o Prof. Virgílio Pereira. Queria tão somente sublinhar um aspecto, salientado pelo jornalista, na sua introdução ao programa. A páginas tantas disse, relativamente ao designado "jackpot", que o PSD tinha aprovado sozinho o diploma (...) mas que todos os partidos o queriam receber. É falso tendo isso ficado demonstrado não apenas através do voto mas nas intervenções produzidas a esse respeito. É que afirmações desta natureza induzem o ouvinte num erro grosseiro de apreciação da matéria em causa, junta todos os grupos parlamentares no barco da hipocrisia e esbate a responsabilidade política de quem apresentou o diploma na Assembleia.
2ª O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), segundo o DN-Madeira de hoje, provavelmente, não será instalado na Madeira. Sendo o Funchal "uma das 10 comarcas mais importantes do Distrito Judicial de Lisboa, a que tem um movimento processual de inquéritos que justificaria a criação de um departamento especializado na investigação da criminalidade mais complexa (crimes económico-financeiros, branqueamento, droga, associações criminosas, corrupção, peculato, crimes informáticos, fraudes, crimes fiscais, burlas, etc.)", no mínimo é estranho que não seja instalado na Região. Com ironia poder-se-á dizer que se trata de uma decisão acertada, porque aqui não existem crimes daquela natureza. Tudo é transparente!

2 comentários:

Anónimo disse...

Senhor Professor se o PS não quer receber, seja coerente com o voto e distribua como o PND.

André Escórcio disse...

Como compreende, a decisão política é que tem de ser atacada. Isto é, não haver aumentos para ninguém. Penso que o problema reside aí, competindo às estruturas de governo proceder aos apoios que tanta falta fazem aos mais carenciados. Por exemplo, um complemento de € 50/60,00 aos pensionistas, tal como acontece nos Açores, proposta que foi recusada na Assembleia.