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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

VARRER PARA DEBAIXO DO TAPETE

Já aqui teci algumas considerações sobre o gravíssimo problema do consumo e tráfico de droga. Na década de 90, onde o problema começou a ser preocupante, perante os alertas, na Assembleia Legislativa da Madeira, o PSD desvalorizou e varreu para longe esse que é um drama espalhado por muito sítio da Madeira. Do tão apregoado oásis, a sensação que hoje fico é que o PSD, embora timidamente, reconhecendo a situação, continua a não acertar no alvo. Anda à volta do problema, inclusive, mandando para a República a alteração da legislação em vigor quando o problema tem de ser combatido aqui, com determinação, desde o combate através da prevenção primária até ao tráfico e consumo. É na raiz que se deve actuar.
Achei, por isso, interessante a posição vinda a público no DN-M que aqui transcrevo:
"(...) No Centro de São Tiago, os dependentes mudam da heroína e da cocaína para a metadona, mas na paróquia de Santa Cecília em Câmara de Lobos - onde a droga é "um drama terrível" - o padre Francisco Caldeira tem algumas dúvidas quanto aos resultados práticos deste método. "Não sei se não é preciso mais do que isso, do que trocar uma droga por outra". O pároco sabe que a droga não tem soluções milagrosas, conhece histórias de doentes que tentaram, trataram-se e tiveram recaídas. "É difícil, é um drama terrível". Da memória não lhe sai a carta de um rapaz da paróquia, escreveu-lhe de Braga, para onde foi tratar o seu problema de droga numa comunidade terapêutica. "Já tinha deixado a comunidade quando me escreveu, estava encaminhado e dizia-me que aquele tinha sido o melhor método. Tinha sido tratado numa forma global, com terapia de grupo, com trabalho e com apoio psicológico. Não foi só trocar a droga por outra droga". Na Região, no entanto, não existe nenhuma comunidade terapêutica, os madeirenses são colocados no continente (...).
O Padre Francisco Caldeira toca, exactamente, no problema que tantas vezes tem sido chumbado na Assembleia. Vários partidos têm sido unânimes em defender a existência de uma ou mais comunidades terapêuticas na Madeira. Mas ao contrário de enfrentar o problema o PSD-M tem preferido ignorar que ele existe, não dando um passo no sentido de uma actuação integrada, isto é, desde a prevenção primária ao combate sem tréguas ao tráfico e consumo, até ao tratamento dos doentes, através das designadas comunidades terapêuticas. A existência delas parece que incomodam o governo, porque ali ficam, pensarão, manchas na tal Madeira Nova!
E assim vamos convivendo com o drama nas famílias e com o trabalho das polícias, de forma disfarçada, como se o mal não existisse ou não tivesse a importância que está aos olhos de todos.

1 comentário:

Anónimo disse...

acho que varreram bem o VF e o JL.