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segunda-feira, 16 de março de 2009

CONTINENTAIS VADIOS E A NATUREZA AO SERVIÇO DO HOMEM!

Duas notas:
1º Há declarações que já não causam espanto. São proferidas sem um mínimo de bom senso, desenquadradas e até ofensivas. Esta história de Continentais vadios, que não querem trabalhar, dita pelo presidente do governo regional, em alto e bom som, para toda o País ouvir, é de uma insensatez, até política, que se torna chocante. De tanto repetidas é verdade que já poucos ligam, todavia, arrastam consigo, sobretudo junto dos mais atentos, um misto de repúdio mas também de pena pela triste figura pública que o Presidente dá ao País. Dir-se-á que ele pouco se rala com isso. É verdade que sim, porque o seu registo habitual é aquele, porque o "cheiro a pólvora" alimenta-o. Não deixa, porém, de ser chocante porque, no fundo, enquanto segunda figura da Região, a todos nos representa. Curiosamente, foram os continentais que, nos últimos tempos ajudaram a que taxa de ocupação hoteleira não fosse pior do que a registada nos primeiros meses deste ano. Absolutamente lamentável seja qual for o motivo que o levou a dizer o disparate.
Andam tantos, universitários, cientistas, professores, educadores, ambientalistas, enfim, tantos a defender o ambiente e vem o presidente do governo regional, ainda há pouco, no Jornal das 9 da RTP-M, atacar aqueles que chamam à atenção e que lutam por uma Região que respeite os princípios basilares do Ambiente. Disse que a "natureza é que está ao serviço do Homem". Mais: que repudia “todos esse vigaristas, que andam por aí feito verdes, e que não é mais que uma vigarice para fazer política contra o desenvolvimento que os sociais-democratas autonomistas têm feito na RAM”. Percebo. Para o presidente do governo, para quê o respeito pelos instrumentos de planeamento, para quê o ordenamento do território, para quê limitar o acesso ao trânsito automóvel nos grandes centros, para quê diminuir a poluição atmosférica, visual e sonora, para quê preservar zonas verdes, para quê não estrangular os leitos das ribeiras, para quê proibir a extracção selvagem de inertes, para quê... para quê?
E andam os educadores e professores nos estabelecimentos de educação e de ensino da Região preocupados com a educação ambiental. Ao fim do dia, aparece o avô a dizer que isso são tudo tretas dos "verdes" e quejandos que não querem o desenvolvimento. O que fazer, pergunto eu?

1 comentário:

Alexandro Pestana - www.miradouro.pt disse...

Ver disparates daqueles nos media só envergonham a Madeira. Cada povo tem os governantes que merece... hehe