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quarta-feira, 15 de abril de 2009

MADEIRA A REGIÃO MAIS POBRE DO PAÍS

De acordo com um estudo do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal e baseado no último inquérito do INE às despesa das famílias, realizado em 2005/06, a equipa que trabalhou os dados concluiu que "as regiões com as mais altas taxas de pobreza são, por ordem decrescente, a Madeira, os Açores e o Alentejo". Lamentavelmente, a Região Autónoma da Madeira, é a mais pobre do País.
Nada que surpreenda. Há quanto tempo são divulgados vários estudos que dão conta desta triste realidade? E há quanto tempo esta situação é motivo de preocupação dos partidos políticos, bem patente nas propostas que são apresentadas na Assembleia Legislativa? Portanto, nada que constitua uma novidade. Este estudo do Banco de Portugal apenas é mais um a juntar a tantos indicadores que têm motivado acesos debates políticos. Só o PSD-Madeira ignora, permanentemente, a realidade da pobreza ao chutar para longe as causas e as consequências aqui nascidas. Um drama que cada dia que se passa se torna mais preocupante e de difícil solução.
No meio disto, ainda esta manhã, uma Deputada do PSD, Drª Rafaela Fernandes, falou para aí uns quarenta minutos ininterruptos para dizer NÃO à criação de um FUNDO DE COMPENSAÇÃO SOCIAL, cujo objectivo último visava o combate à pobreza. Isto é, para o PSD a pobreza não é significativa, é residual, e, mesmo aí, todos os apoios estão previstos pela Segurança Social. Discurso de político insensível, que é capaz de conhecer a lei que confere direitos mas que desconhece a realidade. Discurso que não assume que quase 80.000 madeirenses são pobres, vivem nas margens da sociedade e que, por isso, estão impedidos de ascender aos patamares do bem-estar. Discurso de quem não sabe o que é viver com 200/400,00 euros por mês, do que é passar fome, do que é não ter acesso a todos os medicamentos e do que é não ter dinheiro para a educação.
Para mim é aflitivo ouvir discursos desta natureza, ainda por cima pela boca de pessoas jovens que deveriam ser inconformadas e assumir o discurso irreverente e de rebeldia. Mas não conseguem, porque há conservar o lugar e os outros que se amanhem!

1 comentário:

Vilhão Burro disse...

Senhor Professor

O Senhor vai-me desculpar o desabafo,mas quer-me cá parecer que há gente mais frontalmente séria na Rotunda que em certos hemiciclos.
E a culpa é minha e dos meus compadres.