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segunda-feira, 18 de maio de 2009

JOSÉ SÓCRATES - 1 AJJ - 0

Uma vergonha aquele discurso de ontem na festa do "limão"... azedo. Bastaram poucas horas e todos levaram pela medida grande. Até a comunidade gay, vá lá entender-se as razões menos visíveis.
Alguns empresários, compadres e afilhados do poder, que mais apanharam com as palavras do presidente do governo regional deveriam ter um pingo de vergonha e demarcarem-se, hoje, de um político que assim se comporta. O Dr. António Trindade foi o único que soube e muito bem dizer, clara e frontalmente, ao presidente do governo que deve respeito aos empresários, a todos e particularmente áqueles que têm enormes responsabilidades no turismo, sector vital da economia da Madeira.
Ainda há dias aqui escrevi sobre o quadro "enternecedor" daquele almoço com o primeiro-ministro. Ao reler esse post eu diria agora que não fui totalmente claro e profundo na análise política. Às vezes a falta de dados contextuais a isso conduz. Num primeiro momento aquele almoço cheirou-me a um certo frete mas agora digo, frete ou não, foi muito bom que tivesem marcado presença. Cheguei, ingenuamente, a pensar que a encenação tinha partido do próprio governo no sentido de contrapor a vivência democrática que se diz aqui não existir. Isto a partir da sua declaração que a Madeira receberia o primeiro-ministro de "braços abertos". Mas não, ao que parece tratou-se mesmo de um acto voluntário dos empresários madeirenses. E desta forma, com as inauditas declarações do presidente do governo regional na festa do "limão", puderam aquilatar, se já não sabiam, quais as linhas com se coze este governo e quais as normas de subserviência impostas. Muitos que se curvam ao poder regional porque dele dependem ou dependeram durante anos, ontem, apanharam com uma torrente de palavras de insatisfação como quem diz, agora venham pedir-me seja o que for e logo vos direi a resposta! Eu tinha o pressentimento que, encenado ou não, tudo isto iria descambar, não esperava que fosse em tão poucas horas. A oportunidade surgiu e zás!
E tudo porque a visita do Engº José Sócrates não conseguiu ser digerida. Ficou-lhe a má disposição pelos acenos de simpatia do Povo e por tudo ter decorrido bem. Não aguentou e teve de vomitar. Nem com sumo de limão a má disposição passou. Ora, isto reflecte bem o estado da democracia na Madeira e o estado das relações institucionais entre governos, em que à sombra de um homem que fala alto e grosso todos os outros têm de subservientemente agachar-se. À excepção do Dr. António Trindade, há muitos prontos a estender a mãozinha à palmatória quando o "chefe" lhes cai em cima. Alguns são capazes até de apresentarem desculpas pelo sucedido e prometer que não voltam a aplaudir o primeiro-ministro... que até pensavam que estavam a proceder bem! Sei lá, nesta conjuntura tudo é possível. Agora, para muitos empresários penso que este comportamento, eu diria, esta ofensa do presidente, é muito capaz de conduzir, tarde ou cedo, a uma ruptura a caminho da alternativa política que a Região tanto precisa.
Que Sócrates marcou um golão... não tenho dúvidas.

2 comentários:

Andesman disse...

AJ, sempre irritado, amargo, azedo; a festa do limão, era o momento e local apropriado, para entregar a AJ o merecido "prémio limão".

Esta visita de Sócrates teve que ser, mas custou a engolir. A reacção era esperada: se não desse os resultados desejados por AJ, haveria inevitávelmente acusações e insultos. Mas se desse, haveria acusações e insultos na mesma, para disfarçar e para que o PS/M não beneficiasse eleitoralmente com isso. Mas AJ não perdeu tempo e isso também mostra o quão incomodado ficou com a forma como a visita decorreu. O incidente logo à chegada no aeroporto, com o acessor de imprensa do PM, é a imagem de marca de AJ.

José Leite disse...

Nãso concordo nada com que aqui escreveu.

Na Madeira respira-se saude democrática!!!

Pior, muito pior, será em 2012 quando uma terrível PANDEMIA atingir a região!!!

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