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quarta-feira, 6 de maio de 2009

NEGAR A POBREZA

Dir-se-á que, ontem, foi dado mais um passo para negar a pobreza. A Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa da Madeira, não deixou passar uma proposta do PS no sentido de solicitar uma audição ao autor do estudo sobre a pobreza, publicado pelo Banco de Portugal e que tanta celeuma tem levantado. A justificação é que tal estudo não tem credibilidade e rigor científico.
Diz o povo: "quem não deve não teme", daí que nada mais natural do que escutar e debater não só este mas também outros académicos que realizaram estudos congenéres e que obtiveram resultados semelhantes. Ora, o que se deduz desta posição do PSD-M é que continua a querer ignorar e esconder uma realidade que está aos olhos de todos. E isso é mau, é terrível, porque sem estudar e perceber torna-se muito difícil encontrar as saídas políticas capazes de, em plena crise, esbaterem as graves dificuldades e sofrimentos que por aí andam. Lamentável.

2 comentários:

Cardoso disse...

Como lê o facto dos Açores terem 2,5 vezes mais benificiados do RSI que a Madeira?
Será a pobreza, lá, duas vezes e meia maior que a de cá?
Se fosse ao contrário o que responderia?
O mesmo?
Ou a pobreza estará mascarada com o RSI dado pela SS (República) aos Açores (e não à Madeira).
Ou será que os critérios são diferentes?
Politico partidários talvez.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Não conheço a realidade dos Açores, tampouco os valores de que fala.
Penso que será mais correcto que as análises sejam feitas aqui, na Região, com os nossos órgãos de governo próprio.
De resto sou avesso à trica partidária. Para mim vale o trabalho que pode e deve ser feito no sentido de matar a fome, porque a pobreza não pode ser uma fatalidade. Se queremos uma Região desenvolvida temos de começar por fazer sair da pobreza os milhares que se encontram nessa situação. Tudo o resto é perda de tempo.
É neste sentido que importante é estudar as razões mais profundas e actuar em consonância.