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domingo, 28 de junho de 2009

A MORTE, A FRIEZA DOS COMPORTAMENTOS E A PERPETUAÇÃO DO NOME

Estive presente no funeral do Senhor Professor Fernando Ferreira. Independentemente da tristeza que envolve momentos como aquele, neste caso pela partida de um Homem que todos devemos respeito e consideração pelo que ele significou em vida, a essa tristeza juntou-se, pelo menos para mim, a mágoa por ali não ter assistido à homenagem ao decano entre os professores de Educação Física e Desporto da Madeira, através da presença, das centenas de colegas da classe. Poucos, muito poucos, talvez os mais próximos e mais antigos por lá passaram. Também poucos professores de todas as outras áreas. Isto leva-me à interpretação de como a vida, as relações e as memórias são hoje vividas. É a frieza e o distanciamento que domina, infelizmente.
Mas para além deste pormenor, aqueles momentos de recolhimento proporcionam-me, sempre, uma leitura mais profunda sobre a efemeridade da vida. Hoje, voltou a acontecer-me o mesmo, com dezenas de perguntas a me correrem no pensamento ao mesmo tempo que os olhos se fixavam no féretro, numas flores e em tudo o que se passa na nossa terra: para quê tanta maldade, para quê tanta bazófia, para quê tanta arrogância, para quê tanto dinheiro, para quê tanta perseguição, para quê tanto ódio, para quê tanto negócio obscuro, para quê tanta jogada e tantos interesses maquiavélicos, para quê tanto offshore, para quê tanto poder, para quê tanto stresse, para quê tanta angústia, para quê...? Tarde ou cedo tudo se resume a quatro tábuas, uma cerimónia religiosa e uma despedida até sempre. Se nada podemos fazer por quem parte, pelo menos que fique para nós as interrogações sobre o significado da VIDA.
Curvo-me em memória do Homem bom que foi o Senhor Professor Fernando Ferreira e deixo uma proposta à Câmara Municipal do Funchal: inscrevam o nome do Professor na toponímia funchalense. Ele merece.

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