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quarta-feira, 17 de junho de 2009

UM DIA EM CHEIO MAS PARA REPENSAR

Hoje, confesso, tive um dia em cheio. Abordei um assunto muito sério na Assembleia Legislativa da Madeira perante, infelizmente, uma maioria pouco sensibilizada para as questões da Educação, mantive uma interessante troca de impressões com dois leitores deste meu blogue e quase terminei o dia com um longo encontro com uma pessoa que já não a via há muitos anos e que, sinceramente, pela sua postura serena, inteligente, sincera, franca e aberta, ajudou-me a compor algumas peças do "puzzle" político regional. Pensava eu que dominava alguns "dossiês" mas não, há muita coisa escondida, trancada a sete chaves, mas que pelo caminho vai produzindo o sofrimento de muitas pessoas. Uns, agacham-se, curvam-se, deixam-se enlear na lama, outros(as) sofrem porque a coluna falou mais alto. Percebi melhor este pequeno mundo onde vivemos. Uma conversa que me escorreu garganta abaixo como mel e que terá continuidade um dia. Não se trata de bilhardices, não se trata de invejas mas de questões muito sérias, profundas e que marcam, negativamente, esta terra que amamos.
A páginas tantas, inevitavelmente, veio à colação o PS, os insucessos, a alternativa que não surge, os conflitos, as desinteligências em contraponto à necessidade sentida de uma mudança que se torna imprescindível. Respondi, vagamente, que isto vai melhorar. Perguntou-me de imediato: acredita? Respondi que sim, que tem de melhorar e que tenho a certeza que o PS será poder nesta Região mais cedo do que muitos julgam.
Regressei a casa com um turbilhão de coisas na cabeça: com o teor da nossa amena, profunda e interessante conversa e com a história do PS a bailar entre os temas. E fico boquiaberto quando é este o sentimento de uma pessoa, livre, aberta, cansada mas desejosa de querer um bom futuro para os netos, que espelha, certamente, a vontade de uma extensa classe média e de uma extensa população que vive com muitas dificuldades, como é que o PS-M se deixa enredar em paixões internas que nada, rigorosamente nada, dizem às pessoas. As pessoas querem um partido com qualidade, um partido com propostas, um partido profissional que olhe para fora e não para dentro. As pessoas querem ver um Partido de excelência para o qual o Povo olhe e diga: esses senhores podem ir embora que há quem os substitua para melhor. Enquanto falava com essa pessoa, eu que conheço a história, embora o contexto seja outro, lembrei-me de um quadro que vi num museu em Oslo: o GRITO de Edvard Munch. De facto, apetece gritar!

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