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domingo, 5 de julho de 2009

VINHO SECO E ELEIÇÕES

O governante seguindo orientações da União Europeia e, certamente, vozes de especialistas, decidiu elaborar uma Portaria que, a prazo, colocaria um ponto final no designado Vinho Seco.
De imediato levantaram-se os homens do negócio fácil e a Portaria foi colocada na gaveta. Dizem as "más línguas" (serão?) que o facto de se aproximarem eleições este não seria o melhor momento para acabar com tal vinho a retalho. Apenas sei e retenho o que dizem os especialistas desde há muitos anos. Pela sua importância transcrevo uma parte de uma peça jornalística inserta na edição de ontem do DN-M:

"O enólogo Francisco Albuquerque explica que "as castas americanas vendidas ao produtor directo estão condenadas pela UE devido à sua fermentação, já que são muito ricas em tectinas. Quer isto dizer que, durante a fermentação das uvas, estas sofrem uma acção enzimática que produz muitos tipos de álcool superior, nomeadamente o metanol." Mas há outros problemas. Francisco Albuquerque observa que as mesmas castas "têm um pigmento corante chamado malvidina, que é altamente tóxico e que ataca o sistema nervoso central, inclusive com características genéticas". Face a isso, o enólogo considera que a venda a retalho "deveria ser suspensa porque não há controlo". (...) O médico psiquiatra Saturnino Silva fez estudos sobre o alcoolismo na Madeira. Instado pelo DIÁRIO a opinar, considera que "o vinho seco faz parte de determinadas castas com uma percentagem maior de malvidina, substância tóxica para o cérebro, pelo que não é aconselhável que se beba muito." Além disso, sublinha, "quanto mais barato for o preço das bebidas alcoólicas mais são consumidas." De resto, afirma que "todas as medidas destinadas a reduzir o consumo de álcool são sempre bem acolhidas".

O governo assim não entende. Não respeita e, por isso não acerta com os ensinamentos técnico-científicos relativamente ao consumo de bebidas alcoólicas, mas também não acerta com o consumo do tabaco. A lógica parece filiar-se no princípio: tabaco, vinho seco, bolo do caco e baile pesado. Os dois primeiros intoxicam e, a prazo, impossibilitam o raciocínio; o bolo do caco enche e o baile pesado convém pela postura curvada!
Vá lá saber-se porquê e se isto tem ou não a ver com eleições!
Nota:
Na foto, o Enólogo Engº Francisco Albuquerque.

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