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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

COM QUE ENTÃO... UMA CARREIRA ÚNICA! E A PROVA PÚBLICA DE PASSAGEM DO 5º PARA O 6º ESCALÃO?

Li, esta manhã, uma entrevista do Jornal da Madeira ao Secretário Regional de Educação. Disse o que já se sabia mas não disse aquilo que se esconde por detrás da sua verdade. Em síntese, sublinhou, uma vez mais, que o Estatuto da Carreira Docente Regional, em alguns pontos, é melhor do que o do Ministério da Educação e que, no processo de avaliação de desempenho docente, todos os educadores e professores terão BOM no ano lectivo que agora vai começar (2009/2010).
Não disse, porque não convém ao governo, que embora em teoria, na Madeira, a carreira seja única, isto é, não esteja dividida entre professores e professores-titulares, quando um docente atinge o 5º escalão, para passar para o 6º é-lhe exigida uma prova pública que incide sobre toda a carreira até então realizada. Na prática o que isto significa é que um professor, avaliado de dois em dois anos, quando atinge vinte e três anos de serviço (se não tiver algum percalço pelo meio) terá de fazer um EXAME (prova pública documental e entrevista) sobre a actividade já realizada e avaliada. O que isto significa é que, na Madeira, o Secretário não lhe chama "acesso a professor-titular" mas, na realidade, o que pretende é estrangular a possibilidade de acesso aos escalões de topo. Ora, se assim não é, só tem um caminho: eliminar essa prova porque a avaliação é constante.
Não disse, também, porque convém ao governo esconder, que mandou chumbar as várias propostas apresentadas pelo PS-M no sentido da contagem integral do tempo de serviço congelado durante 28 meses, para efeitos de reposicionamento nos novos escalões da carreira docente. Aspecto que o governo dos Açores resolveu de acordo com os sindicatos. E não quis saber também de uma petição assinada por 4000 professores da Madeira no sentido do governo determinar essa contagem. Não disse, porque não convém. Da mesma forma que não assumiu que, agora, para chegar ao topo da carreira são necessários 35 anos de serviço, que foi substancialmente agravada a redução da componente lectiva em função da idade e do número de anos de serviço e que o horário nocturno passou das 19 para as 20 horas. Afinal, onde está o diálogo com os sindicatos e com os professores que tanto apregoa? Uma total mistificação, meu caro!
E assim vamos de sistema educativo e de mentira em mentira!

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