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terça-feira, 29 de setembro de 2009

SINDICATO DE PROFESSORES DA MADEIRA: A URGÊNCIA DE UMA CLARIFICAÇÃO

No seu habitual artigo de opinião publicado na edição de hoje do Jornal da Madeira, o Dr. Alberto João Jardim deixa um post-scriptum no qual critica a Coordenadora do Sindicato de Professores da Madeira, Profª Marília Azevedo, pelas posições recentemente assumidas. Diz o texto:
A D. Marília...
De estranhar o facto de a cidadã que, por enquanto, é presidente de um dos Sindicatos de Professores, também ter aparecido com uns absurdos, neste período de campanhas eleitorais. Dá um ar de «frete» a alguém... Pois a Dama sabe o trabalho que se está a fazer para defender os Professores do «amado Sócrates», na medida em que... integra os mesmos trabalhos! Há atitudes individuais que merecem repulsa!... E, já agora, é bom que não esqueça quem a ajudou a ganhar as eleições no dito Sindicato!...
Como é evidente, nem tudo o que o Dr. Jardim escreve é de confiar. Muitas vezes lança atoardas sem o mínimo fundamento. Enquadra-se no velhinho e gasto princípio de pressionar, lançar núvens de suspeição e de deixar nas pessoas uns "rabinhos de palha" que, no mínimo, sugerem desconfiança.

Ora bem, conhecendo eu a Professora Marília Azevedo e um conjunto de pessoas que a acompanham no SPM (no meu sindicato), fica para mim claro que não me passa, nem minimamente, pela cabeça que a recente campanha eleitoral interna, tenha tido a participação directa ou indirecta do PSD ou do governo regional. Não escrevo isto por uma questão de amizade nem por uma questão de ingenuidade. É o que eu penso, apesar de saber que o PSD gosta de controlar todas as instituições com sede na Região. De resto, a Professora Marília Azevedo, independentemente da luta eleitoral travada em que estiveram em debate dois projectos globalmente distintos, sempre se mostrou uma pessoa lutadora na defesa da classe e quando, há dias, entre outros aspectos, veio a terreiro com um problema que a todos afecta, (o problema da eficácia da classificação de BOM a todos os professores nos três últimos anos lectivos) não fez mais do que equacionar uma questão que o próprio PS, na Assembleia Legislativa, já o tinha colocado em termos de uma necessária alteração legislativa, e que, saliento, foi chumbada pelo PSD. Neste caso, a intervenção da Coordenadora do Sindicato serviu, apenas, para reavivar a memória.
Agora, o que é dito no post-scriptum é muito grave. Muitíssimo grave. O que é dito configura que o SPM foi ajudado (como, não se sabe) e que as eleições não terão sido verdadeiramente democráticas e, sobretudo, LIVRES. E isto merece uma tomada de posição dos corpos sociais do Sindicato. O silêncio terá uma penosa leitura, enquanto que a assunção de uma posição clarificadora ajudará, creio eu, a apagar esta colagem ao poder que eu rejeito liminarmente. Se houve ajuda, obviamente que perderei a confiança no SPM.
Eu quero um SINDICATO livre do poder e partidariamente livre; não quero UM DEMOCRÁTICO 2! Espero pela urgente clarificação. O silêncio levar-me-á à suspensão da minha filiação sindical. Tão simples quanto isso.
Nota:
Fica muito deselegante ao Presidente do Governo tratar a Coordenadora do SPM pela D. Marília e por Dama. Enfim, evidencia o respeito que tem pela classe e pelas pessoas. Mais, "por enquanto" é presidente do Sindicato? Vai encontrar uma forma de substituí-la? Significa isto que é o governo regional que põe e dispõe no SPM?
No último acto eleitoral a diferença entre as duas listas foi de 178 votos (1047/869).
Foto: Google imagens, do blogue de campanha da actual direcção do SPM.

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