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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

HOJE É DIA DO PROFESSOR

O meu neto mais velho acaba de entrar para o 1º ciclo do ensino básico. Sinceramente, estava expectante, pela sua própria natureza reservada, independente mas muito observadora e perspicaz. Ontem, ao almoço, falámos sobre a sua nova escola, dos seus amigos, da sua professora e do quem tem aprendido. Disse-me: "é estimulante". Estava tudo dito. Percebi que a professora o tinha conquistado e que se tinha aberto uma nova e consistente etapa na sua vida. Em poucos dias a semente começou a germinar pelo engenho de uma mulher de rigor e de exigência mas tolerante e Amiga. Sabes, disse-lhe a Profª Rosita no dia que se apresentaram, eu também quase sou tua "avó", porque o teu papá também esteve sentado onde tu estás agora a aprender. Gerações que passam, princípios, valores e conhecimentos que se transmitem, mas poucos continuam a valorizar e a dignificar a importante função social que os professores desempenham.
É ali que tudo começa de forma compaginada com a família. É por isso que, como sublinha Cláudia Martins:
Ser professor
é ser artista,
malabarista,
pintor, escultor,
doutor, musicólogo, psicólogo...
É ser mãe, pai, irmã e avó,
é ser palhaço, estilhaço,
É ser ciência, paciência...
É ser informação, é ser acção.
É ser bússola, é ser farol.
É ser luz, é ser sol (...)
Ou, então, emerge do poema Só tu, Professor, da autoria da Profª Maria Alice Almeida:
Saber amar,
Saber dar sem nada esperar,
Saber transmitir,
Saber ouvir,
Saber perdoar sem agredir,
Saber fomentar o amor,
Só tu, Professor!
Mesmo sendo o teu trabalho
tantas vezes ignorado,
tantas vezes maltratado,
Entregas-te com o mesmo empenho,
com o mesmo vigor.
Só tu, Professor!
Aquele Deus,
que à criança
deu a beleza de uma flor,
foi o mesmo que te deu
a sabedoria e a paciência
para que um dia
a pudesses ensinar com amor.
Só tu, Professor!
Neste Dia do Professor apenas um desejo junto de muitos políticos da nossa terra, eu que, em Agosto passado, dei por terminada a minha função docente: dignifiquem com actos a função docente, deixem de parte a demagogia, as palavras vãs, os ruídos de fundo, as incoerências discursivas, o agravamento das condições de trabalho, entre outras, por uma burocracia sem sentido, não fujam da negociação e não transformem a questão dos professores numa questão de egoísmo partidário. Sigam as palavras da UNESCO: "Construam o futuro, investindo nos professores, Agora!" e, por favor, Deixem-nos ser Professores!

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