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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A URGÊNCIA DOS PLANOS DE ORDENAMENTO COMERCIAL

Eu compreendo a preocupação dos comerciantes de Machico e da respectiva associação comercial e industrial ao verem entrar mais duas grandes superfícies comerciais tipicamente chinesas. Compreendo e dou-lhes alguma razão, fundamentalmente, porque uma tal situação criará, certamente, desequilíbrios no já de si frágil comércio da cidade de Machico.
Mas na notícia hoje vinda a público no DN-M há dois aspectos que no final da leitura suscitaram-me um misto de interrogação e de perplexidade. Desde logo, pelo lado do senhor presidente da Camâra, por não perceber que cada vez mais se torna necessário a existência de planos de ordenamento comercial. Uma lacuna que nem a cidade do Funchal até hoje suprimiu. Trata-se de uma matéria tão sensível, sobretudo pela exiguidade do potencial número de clientes, que deveria merecer a atenção do governo e das autarquias.
Em segundo lugar, deixou-me perplexo a posição e respectivas declarações do Senhor Jorge de Sá, que ali está a construir um grande supermercado. O mínimo que poderia fazer era estar caladinho. Por dois motivos: primeiro, porque, tal como os chineses, é um fortíssimo concorrente dentro do comércio local; segundo, porque gostaria de ouvir da boca do Senhor Comendador Jorge de Sá qual a sua posição sobre a presença ou não dos supermercados LIDL que adquiram, julgo eu, sete espaços na Região para se instalarem, um dos quais em Machico, mas cujo processo, segundo julgo saber, encontra-se em Tribunal. Que razões subjazem à não abertura desta cadeia de supermercados (do ramo alimentar) cujos preços que praticam são substancialmente inferiores ao de outras cadeias sediadas na Região? Seria interessante perceber a sua posição!

2 comentários:

Unknown disse...

Concordo consigo.Realmente já vai sendo tempo das entidades competentes começarem a pensar que já existem estabelecimentos comerciais a mais, em práticamente todos os ramos de actividade,porque,o que se começa a ver é o fechar de lojas comerciais em catadupa.é preciso criar regras,a teoria de que se deve respeitar o principio da concorrência e de que se deve deixar a economia funcionar por si própria está à vista de todos que é uma teoria errada e não funciona.Quanto à questão dos chineses,não sei se não se está novamente a caír num novo caso de xenofobia e racismo,porque pergunto, e os madeirenses que por esse mundo fora também têm grandes zonas comerciais,como o caso da família Macedos,da Ribeira Brava, na Venezuela.Será que gostaríamos que os Venezulanos agissem do mesmo modo?.Quanto ao Srº Sá,realmente era melhor estar quieto e calado,porque os seus exemplos são iguais ou piores do que os Chineses,veja-se o caso de Santana,onde rebentou com o pequeno comércio local e se prepara para se montar em S.vicente,etc.E ainda à o caso da cadeia LIDL que nunca avançou na Madeira precisamente devido ao compadrio existente entre o grupo sá e o governo regional,porque o que se tem visto é o sá se implantar em tudo o que é canto com a conivência dos poderes regionais.Cumprimentos.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu oportuno comentário.
De facto, há situações que são difíceis de compreender. Por outro lado, determinados posicionamentos parecem provar os complexos enredos da política regional.