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domingo, 15 de novembro de 2009

A MADEIRENSE DOUTORA LILIANA RODRIGUES NO FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO

"O Fórum Mundial de Educação (FME) é um movimento pela cidadania e pelo direito universal à educação. Em Novembro de 2009, o FME terá pela primeira vez uma versão dedicada à educação profissional e tecnológica. O Brasil será sede do evento, que acontece entre os dias 23 e 27 de Novembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, capital federal do Brasil.
Estudantes, professores, pesquisadores, trabalhadores, governos, sindicatos, associações e pessoas da sociedade civil organizada de todo o mundo integram o público do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT).
A expectativa é que 10 mil pessoas circulem pelo evento. A programação será dividida em três eixos temáticos. O primeiro trata de educação, trabalho e desenvolvimento sustentável; o segundo é sobre educação, culturas e integração e o terceiro discutirá educação, ética, inclusão e diversidade". Este é o enquadramento que se pode ler no sítio da internet do Ministério da Educação do Brasil. A cerimónia de abertura será presidida pelo Presidente da República LuLa da Silva.
No citado sítio da Internet, pode-se ainda ler: "O principal objetivo da iniciativa é levantar propostas que integrem a plataforma mundial de educação. Criada no Fórum Mundial de Educação de 2007, a plataforma dita princípios como a universalização do direito à educação pública, a garantia do acesso e a desmercantilização do ensino. Além disso, em 2009, comemoram-se os 100 anos de criação das primeiras escolas federais de educação profissional e tecnológica. Hoje essas escolas constituem uma rede com instituições em todo o País.
A professora de filosofia e ética da Universidade da Madeira (Portugal), Liliana Rodrigues, participará do debate 12 (educação profissional no campo). Como observadora externa, Liliana acredita que as discussões serão fundamentais na construção e implantação de novas experiências curriculares no Brasil. “O fórum poderá trazer o que de melhor a ciência tem para dar: conhecimento útil”, disse Liliana, doutora em ciências da educação, com especialidade em currículo".
Pesquisadora do Centro de Investigação em Educação da UMa, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, a docente faz parte da Sociedade Europeia de Etnografia em Educação e já leccionou no ensino secundário em Portugal, ensino recorrente (para adultos) e no ensino profissional e tecnológico. “Ensino profissional não pode ser visto como fileiras de formação em série”, salientou Liliana Rodrigues. Para o debate, Liliana pretende cruzar os eixos propostos no evento: Educação, Trabalho e Desenvolvimento Sustentável; Educação, Culturas e Integração; e Educação Ética, Inclusão e Diversidade. Na opinião da Professora não há como separá-los. “Falar de trabalho é falar de ética. E isso é incluir. Incluir o quê? A diversidade. Diversidade essa a quem o Estado deve garantir educação diversa que, no caso do ensino profissional no campo, deve obedecer a uma lógica de desenvolvimento sustentável”.
Apenas um pormenor:
Foi esta docente da Universidade da Madeira, agora convidada para um Fórum Mundial desta grandeza, a quem o responsável pela Educação na Madeira, aquando da publicação do essencial da Tese de Doutoramento, considerou o estudo académico, que teve uma orientação e uma metodologia científicas, de "absurdo", "pueril", "frívolo", "quixotesco", mais ainda, que "crianças do pré-escolar" fariam melhor análise aos números do secundário e que, por isso, o estudo era "um zero à esquerda". Registei e não esqueci. Foi descer muito baixo, colocando em causa a instituição universitária madeirense e os seus doutorados. Parafraseando o meu Amigo Professor Manuel Sérgio, embora noutro contexto, eu diria que todas aquelas palavras foram ditas porque "eles não têm medo dos professores mas de quem pensa".
A provar a qualidade da docente eis a sua presença neste importante Fórum. O resto diz bem da política educativa que por aqui temos.

2 comentários:

Polvo da Silva disse...

Não foi esta senhora dotoura que "encontrou" 150 mil alunos na Madeira, em idade para frequentar o Secundário num período de 6 anos de estudo?
Não a vimos, nem a mais ninguém a defender esses números depois de desmascarado o erro...
Só a vimos a se vitimizar pelo contraponto da SRE e a se barricar na douta sabedoria de quem avaliou o trabalho. Sobre os números, nada mais. Pois nada mais haveria que dizer, tal a monumentalidade do equívoco.
Basta pensar um pouco e saber que nasciam, por ano, na Madeira, 3500 bebes. Eram precisos muitos anos (45!!) para chegar aos 150 mil jovens em idade para estar no Secundário.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Sabe, eu por princípio só falo do que sei e, ainda assim, com todos os cuidados, porque "nada sei".
É por isso que estão em condições de falar sobre o trabalho quem leu a Tese, quem foi além de um mero trabalho jornalístico. Eu li e acompanhei outros desenvolvimentos. Por isso, posso dizer-lhe, sem procuração de ninguém, em defesa da Professora, da Instituição Universidade da Madeira, dos Orientadores Científicos e do juri de Doutorados, que o ataque que saiu na comunicação social envergonha, apenas, quem produziu tais declarações abusivas e inconsistentes.
Pessoalmente lamento o facto dos responsáveis políticos, ao contrário das palavras ditas, não tivessem procurado "mergulhar" na verdade científica dos números e de toda a contextualização produzida.
Apesar de ter uma leitura sobre uma outra "Tese" da responsabilidade do Secretário Regional da Educação, nunca ninguém me ouviu ou ouvirá falar sobre a mesma de forma depreciativa. Por respeito.