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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

EDUCAÇÃO: UM INVESTIMENTO PARA O PAÍS

Disse o Senhor Presidente da República, numa visita que realizou ao Instituto de Odivelas, por ocasião da cerimónia comemorativa dos 110 anos daquele Instituto: "A Educação é um dos maiores investimentos que nós podemos fazer na nossa juventude" (...) além disso, acrescentou, o investimento na Educação é também um "investimento para o país", porque se trata de apostar no progresso. É um investimento no progresso do nosso país e um dos investimentos mais rentáveis que uma nação pode fazer".
Não podia estar mais de acordo. O Senhor Presidente acordou tarde mas acordou, finalmente. E digo isto porque o Senhor Professor Cavaco Silva, quando desempenhou a função de Primeiro-Ministro de Portugal, durante dez anos, com duas maiorias absolutas, a Educação passou por um dos mais conturbados períodos no pós 25 de Abril. Basta dizer que, em dez anos, pelo ministério passaram cinco ministros, o que corresponde a uma média de dois anos por ministro. Numa altura que era possível e desejável lançar as grandes traves-mestras do sistema educativo (1985/1995), viveram-se tempos de confusão e de conflito, de João de Deus Pinheiro a Manuela Ferreira Leite, passando por Roberto Carneiro, Diamantino Durão e Couto dos Santos. Salvou-se neste entra e sai o Dr. Roberto Carneiro com algumas iniciativas. De qualquer forma, cinco ministros em dez anos apenas traduzem o significado da desorientação política.
Em Odivelas, durante a visita, o Senhor Presidente da República falou sobre os excelentes resultados académicos do Instituto mas não li nem ouvi uma palavra, por comparação ao sistema público, no que concerne ao facto do Instituto de Odivelas ter, actualmente, 292 alunas, distribuídas pelos 2º e 3º ciclo e ensino secundário e um corpo docente de 67 professores, o que perfaz um rácio de 4,3 alunas por professor. É evidente que tem de haver bons resultados, não fossem também as alunas daquele Instituto oriundas de famílias com elevado nível social e cultural e com desafogo financeiro para suportarem os encargos da Educação. Aspectos que o Senhor Presidente deveria equacionar para transmitir uma mensagem ao País sobre os erros que continuam a ser cometidos, desde as políticas de família aos estabelecimentos de ensino com excessiva carga de alunos até ao número médio de alunos por turma.
Foto: Google Imagens.