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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

DISCUTIR A ALTURA DA ARAUCÁRIA!

Até mostrou um "livrinho" e o "aparelhinho" que mede essas coisas! Uma delas pode ser vista no jardim da Quinta Vigia, disse. Só faltou acrescentar que há uma, em crescimento, de interior, que já tem 34 anos!
Pelo que me apercebi, nos Açores alguém terá feito gala de ter a árvore mais alta do País ou da Europa. A notícia foi publicada na edição do DN Lisboa do dia 16 de Janeiro. "A maior árvore araucária da Europa e, provavelmente, a segunda maior do mundo, centenária e com mais de 50 metros de altura, foi descoberta durante trabalhos de limpeza na margem sul da Lagoa das Furnas, em S. Miguel, Açores. A árvore, que aguarda classificação como imóvel de interesse público, "chamou a atenção pelo seu porte" durante os trabalhos de limpeza de uma antiga mata, no âmbito das obras de requalificação das margens da Lagoa das Furnas, afirmou Hélia Palha, administradora da Sociedade de Promoção e Gestão Ambiental (Spraçores). Este exemplar, da espécie Araucária heterophylla, tem "entre 150 e 200 anos", medindo 50,10 metros de altura e 1,90 metros de diâmetro, referiu a responsável". Até aqui nada de especial.
O problema é que, nesta história de comparações com a Região vizinha, alto e parem o baile, porque aqui há, não uma mas duas ou três ainda mais altas. Foi o que ouvi da boca do Director Regional de Florestas da Madeira, ao reivindicar para a Região uma de altura superior. Até mostrou um "livrinho" e o "aparelhinho" que mede essas coisas! Uma delas pode ser vista no jardim da Quinta Vigia, disse. Só faltou acrescentar que há uma em crescimento, de interior, que já tem 34 anos!
Enfim, estas comparações, fabricadas e sem interesse algum, dizem bem da angústia que por aí anda quando se mete a região açoriana pelo meio. Sinceramente, quero lá saber da altura da Araucária, de quem tem a dita maior, quando existem tantos e tantos problemas para debater e equacionar? Problemas que afectam a Região e o seu Povo, a enorme dívida da Região, o drama do crescente desemprego, a alta taxa de pobreza, a elevada taxa de abandono e insucesso escolar, enfim, tudo assuntos muito altos e complexos que se tornam angustiantes quando os medimos e, se assim entenderem, comparados com os Açores. Medir isso e as respectivas implicações futuras, obviamente que é muito mais oportuno do que falar do tamanho da Araucária! Ou não será?

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