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quarta-feira, 28 de abril de 2010

PROFESSOR CONTRA PROFESSORES, POR MOTIVAÇÕES PARTIDÁRIAS, OBVIAMENTE!

Os professores de História não devem saber apenas as datas dos acontecimentos, devem, sobretudo, ter a capacidade de cruzar o conhecimento. É isso que acrescenta qualquer coisa ao já conhecido.


Se o autor pensa que me desmobilizará desta luta que há muitos anos tenho por uma educação portadora de futuro, fique sentado porque não vou desistir. Mas, antes de mais, deixo aqui um dos parágrafos desse artigo de opinião, assinado pelo Dr. Emanuel Janes, publicado na edição de hoje do JM:
"Alguns deputados do Partido Socialista da Madeira têm andado, ultimamente, numa “fona” tentando magicar razões para poder criticar a política de educação que tem sido executada na Madeira. Nesta cruzada contra a educação na Madeira, o PS/M conta especialmente com o empenho pessoal de alguns desses deputados que, sofrendo de um atavismo psíquico, despudoradamente, não olham a meios para combater o Secretário Regional de Educação, numa guerra onde mais parece dirimirem-se questões pessoais do que de Estado. Esses senhores, de uma forma ostensiva e insistente, especialmente em conferências de imprensa, promovidas exclusivamente para esse efeito, fazem a sua promoção pessoal, ostentando uma desmedida vaidade e insuportável arrogância, usando tiques de uma superioridade que julgam possuir mas que ninguém dá por ela; mostrando o atrevimento da sua ignorância, riem-se alarvemente de tudo e em especial deles próprios, num ritual que tem muito de grotesco".
Por uma questão de princípio respeito as opiniões publicadas. Fazem parte da liberdade de pensamento e, por extensão, da própria Democracia. E respeito sobretudo aquelas opiniões que me deixam a pensar, aquele tipo de opinião que, discordando do posicionamento de alguém, acrescenta qualquer coisa. Não é, infelizmente, o caso. Eu, pelo menos, já o afirmei na própria Assembleia que, em matéria de política educativa, politizo mas não partidarizo. Trata-se de um sector muito importante para que seja vulgarizado através do debate sem rigor e sem profundidade. É por isso que a minha intervenção política tem causas a sustentá-la e, sobretudo, preocupações derivadas de leituras de investigadores que, humildemente, vou seguindo. Não persigo pessoas, muito menos secretários os directores. Debato ideias, projectos e tento contribuir para a abertura de novas reflexões e, porventura caminhos. Os professores de História não devem saber apenas as datas dos acontecimentos, devem, sobretudo, ter a capacidade de cruzar o conhecimento. É isso que acrescenta qualquer coisa ao já conhecido.
Mas há quem não entenda assim. Aquela espécie de vómito azedo, obviamente, que traz no seu bojo, provavelmente, encomenda partidária. Porque não é a Educação que está em causa, mas o ataque sem nível que emerge. Aliás, se nunca precisei de me promover por meios ínvios, não será, aos 61 anos, que o farei. Infelizmente, eu sei que há outros, mais jovens, que escolheram o caminho da facilidade e do comodismo. Não é o meu caso. É por isso que, como pessoa livre, que pretende manter uma coluna liberta de qualquer peso, olho para a Educação em uma perspectiva obviamente livre. Gostaria, portanto, de ter interlocutores que me fizessem reflectir e mais do que isso que, sendo professores não estivessem contra os professores.
Ilustração: Google Imagens.

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