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segunda-feira, 3 de maio de 2010

TRINTA ANOS DE LUTA CONTRA UMA SUSPENSÃO


Será que o Papa sabe da situação da Paróquia da Ribeira Seca?


Desconheço o resultado do encontro de hoje entre Sua Excelência Reverendíssima Dom António Carrilho, Bispo do Funchal, com o Reverendo Padre Martins Júnior, "pároco" da Ribeira Seca, suspenso "Ad Divinis" por uma certa hierarquia da Igreja Católica. Para o caso pouco me interessa saber o que lá foi dito e assumido. O que para mim é espantoso é a Igreja ter presente um "caso" (será?) por resolver há mais de 30 anos, sem acusação e, obviamente, julgamento. Do que se deduz, face à inexistência de dados, é que estamos perante um caso de raíz política. Nem mais nem menos. Um caso de enormes pressões que conduz a esta triste situação de uma IMAGEM PEREGRINA contornar a esquina da Ribeira Seca, voltando as costas ao Povo, apenas porque o discurso do Padre "suspenso" não agrada a alguns.
Um braço de ferro político, imposto à Igreja, que, nesta como em outras situações, deveria se manter distante. A Obra Social da Igreja fala por si. Mais concretamente, é quem circunstancialmente governa a Região que precisa da Igreja Católica e não o contrário. Seria neste registo que a Igreja deveria se colocar. Mas não, submete-se, vende-se e gera situações de grande desconforto perante os crentes. "Amai-vos uns aos outros como vos Amei", explicaram-me, em criança. Experimento, por isso, dificuldades em perceber como, trinta anos depois, a própria Igreja dá um sinal que, aos olhos do Povo, não é de amor, não é de entendimento, não é de acolhimento dos seus mais directos servidores. Nem com a Imagem (simbólica) de Maria! Razão tem o Reverendo Padre José Luís Rodrigues que no seu blogue coloca uma série de reflexões que aqui reproduzo:
1. Será que o Papa sabe da situação da Paróquia da Ribeira Seca?
2. Será justo alguém de fora da realidade dizer que uma igreja paroquial está «ocupada indevidamente» pelo seu próprio povo, isto é, o povo que trabalhou e deu as suas ofertas para edificar esse templo?
3. Será justo condenar e ostracizar um povo que ama e escolhe para o guiar na sua igreja um padre que sempre o defendeu dos poderosos e tomou militantemente a opção de estar sempre ao lado do seu povo? Que crime é este?
4. Não é chegado o tempo de denunciar esta situação a quem de direito, às instâncias superiores da Igreja Católica, até que chegasse ao conhecimento do Papa?
Ilustração: Blogue JLRodrigues.

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