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segunda-feira, 28 de junho de 2010

CENSURA, CLARA E INEQUÍVOCA!



O sistema, ardilosamente paciente, engendrou novas e mais sofisticadas formas de censura. Há como um cordão umbilical que liga o poder à rede de interesses entretanto montada. Há muita gente que sabe como é que "os gestores das mentes" pretendem que eles se comportem.


CENSURA. A palavra parece ser excessiva, mas não é. Não é a censura de outros tempos, em que todo o texto tinha de passar pelo crivo do censor. Essa avaliação é hoje feita de outra maneira. Nem necessário se torna impor, de forma implacável, fria e desonesta. O sistema, ardilosamente paciente, engendrou novas e mais sofisticadas formas de censura. Há como um cordão umbilical que liga o poder à rede de interesses entretanto montada. Há muita gente que sabe como é que "os gestores das mentes" pretendem que eles se comportem.
Depois, em um mercado tão limitado, obviamente, que o espaço de intervenção liberto da influência do poder é muito limitado, ao que acrescem as responsabilidades pessoais e familiares. "Comprar chatices" é muito complicado e, portanto, neste quadro em que a vida profissional assenta, parece-me lógico que, primeiro, a autocensura e, depois, a CENSURA, surjam como corolário multifactorial. Penso que resta a denúncia, sem dó nem piedade, aberta, frontal e nos sítios certos. No caso da RTP-Madeira, os acontecimentos dos últimos dias, aliás, a longa história que tem neste processo de secundarização, implica (esta é uma opinião meramente pessoal) que seja desencadeado um processo de impugnação da nomeação dos actuais gestores, uma vez que a mesma assentou em pressupostos de contornos ilegais e numa história que, alegadamente, está muito para além do que é visível.
Aliás, a atitude manifestamente contra do Conselho de Opinião da RTP, relativamente à criação de uma "Comissão de Aconselhamento" da RTP-Madeira, constitui um posicionamento muito claro sobre as manobras que levaram ao actual quadro de responsabilidades. E quanto à Entidade Reguladora, neste momento, apenas aguarda pelas explicações do Conselho de Administração da RTP, face às muitas questões que foram colocadas pelo grupo parlamentar do PS-Madeira.
A sensação que começo a ter é que o PSD quer ganhar na "secretaria" aquilo que não consegue ganhar
na argumentação política e nas propostas políticas apresentadas pelo maior partido da oposição. A insegurança é total. Enquanto, de um lado, apenas com sete deputados, saem, todas as semanas, propostas de grande alcance no sentido de ajudar a resolver os problemas da Região, do outro, do lado da maioria, é sensível o silêncio e a incapacidade. E isto incomóda, obviamente. É, por isso, que, apesar dos seus 33 deputados, a fragilidade conceptual em que o governo e a maioria se encontram, leva-os a condicionarem, nos vários patamares, a divulgação das mensagens. No Parlamento, as duas revisões do Regimento em três anos, surgiram como resposta às necessidades de impedir a intervenção da oposição; fora do Parlamento, é o Jornal da Madeira, é a RTP, são as rádios locais, é o estrangulamento do Diário de Notícias e da comunicação social não diária, enfim, há, claramente, uma estratégia montada para que o próximo ano eleitoral possa constituir um passeio.
O Presidente da República não vê isto e, penso eu, se lá formos falar, certamente, que nos remete para o site da Presidência!!!
Ilustração: Google Imagens.

2 comentários:

Anónimo disse...

vergonhoso.Temos de tornar esta questão da rtp madeira um caso nacional. ainda falam da tvi. na rtp madeira aplica-se o principio de peter.Promover até ao limite da incompetencia.

Anónimo disse...

Ainda vão responder que é por falta de material e recursos humanos. Não acreditamos,é uma falácia.Em tempo de austeridade continuam a contratar os amigos e as amigas.