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domingo, 25 de julho de 2010

TEM A PALAVRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Realmente, a política anda pelo grau zero. Lamento, sinceramente, isso lamento profundamente, que naqueles 30.000 que encheram a Herdade do PSD, no Chão da Lagoa, milhares, certamente, desempregados e pobres, continuem a alimentar com a sua presença, uma política que é claramente contra eles.


Este homem que também é líder do PSD, não tem emenda. E o curioso é que ninguém lhe vai à mão. Melhor, ninguém lhe chama à razão. Um membro, mesmo que por inerência, do Conselho de Estado, sugeriu aos portugueses "que vão para as ruas, as praças e as fábricas e que denunciem o sistema político". Uma declaração de uma insensatez e de uma total irresponsabilidade que, sinceramente, pergunto, que Presidente da República é este que tolera declarações desta natureza? Que os sindicatos e outras organizações sociais façam apelos daquela natureza, nada tenho contra. Estão no seu direito, mas um Conselheiro de Estado? Eu espero que o Presidente, em função da sua badalada "cooperação estratégica", o que pressupõe ter em atenção o delicado momento que o País atravessa, coloque este senhor nos eixos. Aquelas, entre outras palavras ditas, são de uma monumental irresponsabilidade. Tal como foram, há dias, aquelas declarações sobre a independência da Madeira.
Que o líder do grupo parlamentar, o senhor deputado Jaime Ramos, considere a oposição madeirense como um grupo de "doentes mentais", enfim, isso até dou de barato. É um caso de má educação que aqueles, como eu, vivem o dia-a-dia do Parlamento, não estranham. No meu caso, como soe dizer-se, entra a 100 e sai a 200. As palavras e as atitudes grotescas ficam com quem as diz ou pratica. Agora, o caso do Presidente do Governo, esse, é muito grave.
Depois, já a um outro nível, será que quando faz um "apelo à mudança" não tem presente o que se passa na Madeira? A haver uma mudança, para já, não seria no País, governado pelos socialistas há 5 anos, mas na Madeira que tem um governo da mesma cor política, há 36 anos! Será que não há vergonha na cara? A vergonha de preocupar-se exclusivamente com o País, quando aqui tem 30% de pobres, 15.000 desempregados, incultura, dívidas até ao céu da boca! Realmente, a política anda pelo grau zero. Lamento, sinceramente, isso lamento profundamente, que naqueles 30.000 que encheram a Herdade do PSD no Chão da Lagoa (como é que um partido chega a ter uma herdade!), milhares, certamente, desempregados e pobres, continuem a alimentar com a sua presença, uma política que é claramente contra eles. Quando eu digo que este governo escolarizou e não educou, facilmente se percebem as razões da enchente anestesiada por anos a fio de controlo social absoluto.
Ilustração: Google Imagens.

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