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terça-feira, 28 de setembro de 2010

ESTADO DE FALÊNCIA


Há gente por aí, de empresários a jornalistas, ostracizada, magoada, espezinhada nos seus direitos e relegada, inclusive, no plano profissional. Com todas consequências que isso traduz de sofrimento nos planos pessoal, familiar e social.


Todos, independentemente das suas opções, devem ser respeitados nos planos familiar, profissional, social e político. Só as mentes doentias, perversas, egoístas e sem confiança em si próprias, tudo fazem para esmagar, ocultar os outros, impedindo o seu êxito profissional, a credibilidade, a notoriedade e aceitação social.
A obsessão pelo poder levam-nas, subtilmente, a retirar as pessoas dos seus lugares, a bloqueá-las e a passá-las para o "quarto escuro" da vida, mesmo que nada tenham a ver com os movimentos políticos. E que tivessem! A manobra "raffiné", inculta, doentia e tenebrosa, vai ao ponto de pouco se importarem com os danos colaterais. Naquelas cabeças pequeninas, ocas e prenhes de ódio, perpassa-lhes o grotesco que se consubstancia em um quadro de, cuidado, ele(a) é filho(a) de fulano, ele(a) é casado(a) com o político que não é dos nossos, ele(a) não se define, liquide-se a empresa daquele(a) que, com as suas posições, nos faz a cabeça num oito, enfim, há gente por aí, de empresários a jornalistas, ostracizada, magoada, espezinhada nos seus direitos e relegada, inclusive, no plano profissional. Com todas consequências que isso traduz de sofrimento nos planos pessoal, familiar e social. Sei o que escrevo, porque conheço como actuam. E sei o que é estar em uma qualquer cerimónia, de natureza social, e observar os olhares enviesados dos da corte, do tipo, o que é que este gajo(a) faz aqui?
A segregação social e, pior do que isso, a segregação profissional é geradora de um grave desequilíbrio interior que perturba e constrange. O objectivo dessas mentes sujas e rastejantes, correias de transmissão de princípios intuídos pela força dominante, é apenas a de cortar o "mal" pela raiz ou a de gerar ou manter o medo, o pânico interior, a desestabilização emocional até ao ponto de vencerem pelo cansaço e até pela doença. Há, em tudo isto, uma mordaça invisível, uma atitude pidesca sem interrogatório, uma prisão sem grades, uma angústia interior que liquida a alegria de viver, uma morte da liberdade lenta mas segura.
Há gente que precisa de um qualquer susto para tomar consciência dos valores da vida. Discorro, assim, pelos contactos que mantenho, pelas narrações que me fazem, pelas cartas que me chegam, pelo conhecimento desta “meia-serra” em nome da sobrevivência política. Há situações que são, permitam-me a palavra, um nojo. E o que me repugna é ver gente jovem a apadrinhar a marosca, comportando-se com os mesmos vícios dos adultos perversos, lendo e seguindo a cartilha da difamação e da perseguição, sem um mínimo de reflexão e de atitude crítica. Repugna-me ver adultos que, penso eu, do sistema nada precisam, agitarem a bandeira de um poder que assume comportamentos lesivos da terra, lesivos do bem-estar, lesivos da felicidade a que todos têm direito. "Ilustres" cidadãos que batem no peito, mas mantêm o olhar da indiferença, a visão limitada, também matreira, julgando que o horizonte está mesmo ali e que não existe amanhã depois deles. Preferem alinhar no salve-se quem puder, no egoísmo em toda a sua dimensão, na coluna subserviente e na transformação da mentira na verdade conveniente. Pergunto: como é que há gente desta a viver em paz com a sua consciência?
A Região tem de se ver livre desta engrenagem, através da união das pessoas descomprometidas, dos democratas, dos autonomistas, dos que são portadores de princípios e valores humanistas, de todos quantos entendem que o partido constitui um mero instrumento ao serviço do desenvolvimento e não de grupos de sentimento mafioso.
NOTA:
Opinião, da minha autoria, publicada na edição de hoje do DN.
Ilustração: Google Imagens.

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