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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"COMUNO, FASCISTAS, MAÇÓNICAS E SOCIALISTAS"... E AQUI VAMOS!


O "chefe" atirou-se contra "certas plataformas comuno, fascistas, maçónicas e socialistas, todos ao molhe e irresponsavelmente, pretendem destruir” a estabilidade na Madeira. Desde logo, pergunto: mas qual estabilidade? Esta manhã, ao cruzar-me com um cidadão, ouvi: "está a chegar a dentro". Pois está, meu Amigo!

Continua a tentativa
de lavagem ao cérebro
Ontem, o presidente do governo esteve particularmente inspirado. Na cerimónia de abertura da FIC-Madeira, o "chefe" atirou-se contra "certas plataformas comuno, fascistas, maçónicas e socialistas, todos ao molhe e irresponsavelmente, pretendem destruir” a estabilidade na Madeira. Desde logo, pergunto: mas qual estabilidade? Esta manhã, ao cruzar-me com um cidadão, ouvi: "está a chegar a dentro. Então a plataforma ou convergência democrática é fascista e comunista?". Respondi: deixe andar, se ele assim fala é porque não se sente seguro. 
Bom, de facto é preciso ter um desplante muito grande para falar daquela maneira. Uma "convergência" que respeita os caminhos ideológicos e programáticos de cada partido, portanto, absolutamente democrática, que apenas converge naquilo que é transversal a todos e cujo fim último é o bem-estar social e o desenvolvimento, é visada por um político que a prática demonstra, aí sim, há 36 anos, que anda com "todos ao molho  e irresponsavelmente", se nos detivermos nos indicadores sociais. E falou daquela maneira à frente de empresários, de muitos homens e mulheres que andam aflitos, que têm de despedir porque o sistema económico e as loucuras geradas apenas criaram desemprego, aflição e dívidas.
Nos últimos dias, as sucessivas declarações provam que o disparate político vem em crescendo numa perfeita demonstração de desnorte. E ainda faltam cerca de doze meses para as eleições regionais!

No curto espaço de 24 horas, em duas intervenções públicas, o Presidente do Governo Regional da Madeira veio dar razão ao PS-Madeira que alertou, repetidamente, o executivo para as consequências decorrentes da política do PSD-M nos planos social e económico.

Comunicado do Presidente do PS-Madeira:
"O Presidente do Governo Regional manifestou ontem, no decurso de uma inauguração em Machico, a sua “preocupação” pelo facto da Madeira poder vir a enfrentar, “nos próximos tempos”, um novo surto de emigração. O governante defendeu a ideia de que, face ao actual cenário social e económico, cada família da Região corre o risco de “ter um jovem a partir para o estrangeiro”.
Do mesmo modo, esta manhã, na sessão de abertura das jornadas de estudo do Partido Popular Europeu, a decorrer no Funchal, o Presidente do Governo Regional defendeu, em função “dos constrangimentos permanentes naturais, que nunca poderão ser ultrapassados, (…) ser errado medir os apoios europeus apenas em termos da evolução do Produto Interno Bruto” nas regiões ultraperiféricas. No curto espaço de 24 horas, em duas intervenções públicas, o Presidente do Governo Regional da Madeira veio dar razão ao PS-Madeira que alertou repetidamente o executivo para as consequências decorrentes da política do PSD-M nos planos social e económico.
O PS-Madeira, ao longo dos últimos anos, manifestou-se sempre contra o empolamento artificial do PIB regional, facto que levou a Região, por irresponsabilidade da sua governação, a perder 500 milhões de euros, aquando das negociações dos fundos comunitários, em 2004, com o Governo de Durão Barroso. Para o PS-Madeira, o empolamento do PIB não traduz a realidade económica da RAM, é simplesmente uma ilusão que importa desmascarar. Quanto à alegada “preocupação” do Presidente do Governo Regional pela eminência de um novo surto emigratório na RAM, o PS-Madeira crê que ela resulta, antes de mais, da falência do modelo de governação regional que, por incapacidade e falta de visão, já não tem condições para oferecer perspectivas de vida aos madeirenses na sua própria Terra. Ao admitir que a emigração é praticamente uma inevitabilidade, o Presidente do Governo Regional mais não faz do que reconhecer a incapacidade do executivo regional em encontrar soluções para os graves problemas da Região e dos madeirenses. - Jacinto Serrão. Presidente do PS-Madeira". 
Ilustração: Google Imagens.

3 comentários:

Pica-Miolos II disse...

Senhor Professor
Já o Patrono do "chefinho" cá do sítio(o Manholas de Santa Comba)dizia que quem não era por ele,era comunista,ou terrorista,ou degenerado ou qualquer outra coisa ainda pior!
O Botas,porém,teria alguma desculpa pois nunca se fez passar por democrata;era facho-nazi e ponto final.Não enganava ninguém.
O discípulo é mais requintado...

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Concordo, totalmente.

amsf disse...

O "chefe" só chegou a "chefe", e lá permanece há mais de 30 anos, porque quando era possível trava-lo(antes de 1986)quem tinha essa responsabilidade não o fez. Quando o "regime" cair "todos" dirão que sempre foram contra o jardinismo, à semelhança do que aconteceu logo após o 25 de Abril. Um "chefe" só é chefe se tiver seguidores. As ilações a tirar é que o madeirense não é naturalmente democrata e que os mecanismos institucionais que garantem a democracia nunca actuaram na Madeira.