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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MANUEL ALEGRE, A APOSTA CERTA PARA RECUPERAR VALORES E PRINCÍPIOS POLÍTICOS


De um lado, Cavaco Silva, conservador, politicamente "insípido e inodoro", que não responde a nada e nada é com ele, de fuga em fuga naquele ar fleumático e calculista, como se nunca tivesse sido presidente do PSD, Primeiro-Ministro e Presidente da República; do outro, Manuel Alegre, um Homem de causas, de princípios e de valores políticos, que nunca se vergou e não verga e que acredita ser possível travar esta onda de europeia e nacional de espezinhamento dos direitos dos cidadãos, de destruição do direito à saúde, à escola pública e a uma segurança social.


UM JANTAR-COMÍCIO MEMORÁVEL
Foi um comício memorável aquele que ontem decorreu nas instalações do Tecnopólo. Manuel Alegre conseguiu reunir, na Madeira, cerca de 2500 apoiantes. Segundo dois fotógrafos que acompanharam o jantar do candidato Cavaco Silva, o número de participantes foi equivalente. Mas isso, sendo relevante do ponto de vista da mobilização, tem um significado maior: é que alguma coisa está a acontecer na Madeira. Pela primeira vez, apenas uma parte da esquerda política, em comícios semelhantes, conseguiu juntar tantos para ouvir um candidato. E este facto, para além das presidenciais, deve ser considerado de enorme importância. As pessoas lá estiveram, ouviram, manifestaram-se, agitaram bandeiras, conviveram e isso pode configurar um primeiro sinal de que há muita gente farta deste regime que controla a Madeira desde 1976. Poderá dizer-se que, enfim, são eleições presidenciais, que não estão em causa os vínculos partidários ou, pelo menos, estes estão esbatidos, a verdade porém é que não estamos numa outra qualquer parte do País, o jantar-comício decorreu na Madeira, com todo o seu contexto político. E o significado está aí, isto é, maior número de pessoas aderiram, sem grande publicidade e sem "convocatórias", os eleitores vieram de muitos pontos da Região para ouvir um candidato que se opõe ao que a "casa" consome, já lá vão 34 anos. Isto leva-me a dizer, com alguma prudência, obviamente, que para além das Presidenciais, a campanha eleitoral para as legislativas regionais de 2011, podem ontem ter tido o primeiro sinal de arranque. Saibamos aproveitar o momento, conjugando o que nos une, saibamos gerar um efeito multiplicador que estas concentrações podem assumir e, assim, se todos soubermos trabalhar nesse sentido, o resultado de Outubro próximo poderá ser esperada e necessária MUDANÇA, que impeça que a Região resvale, cada vez mais, para uma situação de catástrofe económica e social.
Quanto ao discurso de Manuel Alegre, se dúvidas houvesse, penso que os campos ficaram clarificados: de um lado, Cavaco Silva, conservador, politicamente "insípido e inodoro", que não responde a nada e nada é com ele, de fuga em fuga naquele ar fleumático e calculista, como se nunca tivesse sido presidente do PSD, Primeiro-Ministro e Presidente da República; do outro, Manuel Alegre, um Homem de causas, de princípios e de valores políticos, que nunca se vergou e não verga e que acredita ser possível travar esta onda de europeia e nacional de espezinhamento dos direitos dos cidadãos, de destruição do direito à saúde, à escola pública e a uma segurança social.
Ilustração: Google Imagens.

5 comentários:

Anónimo disse...

Manuel Alegre é também a Esperança, consubstanciada na menina-criança que a foto revela.

António Trancoso disse...

Caro André Escórcio
Manuel Alegre,portador de um Projecto Presidencial, Democrático e Humanista,congregou à sua volta vontades aparentemente inconciliáveis: Socialistas e Bloquistas, bem como muitos democratas,cidadãos sem filiação partidária.
É a prova,provada,que,desde que haja vontade política das formações partidárias,é possível encontrar as soluções imprescindíveis à defesa dos Valores Democráticos, Pilares de uma Esquerda consequente.
É esta realidade(sistematicamente ausente,e,sempre presente nos "paroquiais" jogos de poder)que as forças opostas, mais temem!
É tempo de parar para reflectir,e tornar compatível o discurso "patriótico" com a extrema necessidade sentida pela maltratada Pátria.
Enquanto tal não acontecer, o descrédito terá de ser a justa paga...e,a consequência é e será, a vitória do Engano, diligentemente prosseguido por aqueles que,como no momento presente,tanto Cavaco Silva como João Jardim,tão bem representam.
Um abraço.

António Trancoso disse...

Meu Caro e Bom Amigo
Permita-me um esclarecimento necessário:
Sei que nada o obriga a retorquir aos comentários que permite publicar.
Creio,no entanto,que habituou os seus habituais comentadores com uma elegante palavra dialogante.
Peço-lhe que não entenda estas minhas observações como uma forma de pressão à tomada de uma posição sobre o meu anterior comentário.
Embaraça-lo seria a última das minhas intenções.
Por outro lado, longe de me querer arvorar em "santo conciliador"
(condição para a qual não tenho a mínima competência)julgo traduzir a latente aspiração de uma franja de cidadãos preocupados;
preocupados,forçosamente impotentes...mas não ingénuos.
O recado,é para que saibam que,apesar do panorama geral...há quem não se conforme.
Obrigado e um abraço.

André Escórcio disse...

Obrigado pelos seus comentários.
Gosto de estabelecer o diálogo com os meus visitantes. Acontece, porém, que, ontem, tive um dia cheio de actividade e que não me possibilitou dedicar um "tempinho" a estes assuntos. Li o comentário e publiquei-o.
Ora bem, tem toda a razão na sua mensagem. Eu desde há muito tempo que defendo uma maior proximidade entre as forças políticas de esquerda no sentido de garantirmos soluções adequadas para o nosso futuro. Até porque é muito mais o que nos une, relativamente ao que nos separa. Há princípios e valores comuns.
Da minha experiência política ressalta que deveríamos fazer um esforço (penso que ele está a ser feito, embora com muitas reservas) no sentido de provocarmos aquilo que já defini como "governo de salvação regional".
Esta minha posição vem de há muitos anos. Recordo que, em 1993, quando fui candidato à Presidência Câmara do Funchal, e que perdi por pouco, fiz um esforço muito grande para constituir uma equipa política e tecnica de qualidade alicerçada nos vários partidos da oposição. Não foi possível, infelizmente. Hoje, agravadas as situações, no actual contexto político, a "Convergência na Acção" deveria merecer uma redobrada preocupação e ser entendida como uma via adequada à Mudança que a população deseja.
Ainda há dias escrevi que aquele jantar do candidato Manuel Alegre deveria constituir um ponto de partida para voos mais largos... porque não podemos nem nos devemos quedar pela eleição do Presidente da República.
Um abraço e peço desculpa de ontem não ter mantido o diálogo.

António Trancoso disse...

Meu Caro e Bom Amigo
Muito obrigado pela gentileza da sua amável e esclarecida resposta.
Um abraço.