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sábado, 19 de fevereiro de 2011

ESTÁ NA HORA DO ADEUS AO "ÚNICO IMPORTANTE"


Ouço-o vociferar contra cidadãos ilustres, técnicos, homens e mulheres de ciência, com palavras que não ficam bem a ninguém: "energúmenos, "parvalhões", "analfabetos", ignorantes" e "idiotas". E o povo ouviu, e os governantes ouviram, o Senhor Padre escutou, certamente, com uma infinita piedade, enfim, escutaram o que a força do poder dita, que não a força da razão. A isto estamos entregues, aos ataques provocadores, deselegantes e que semeiam o medo.

É óbvio que tudo isto
já cheira menos bem!

Ontem, o Presidente do Governo apresentou-se no Tribunal a pedir € 35.000,00 de idemnização por alegadas ofensas, aliás, que aqui salientei num texto. No mesmo dia que se sentiu traumatizado pelas considerações políticas do Dr. João Carlos Gouveia, ouço-o vociferar contra cidadãos ilustres, técnicos, homens e mulheres de ciência, com palavras que não ficam bem a ninguém: "energúmenos, "parvalhões", "analfabetos", ignorantes" e "idiotas". E o povo ouviu, e os governantes ouviram, o Senhor Padre escutou, certamente, com uma infinita piedade, enfim, escutaram o que a força do poder dita, que não a força da razão.
A isto estamos entregues, aos ataques provocadores, deselegantes e que semeiam o medo. Palavras dirigidas, entre outros, aos Professores Doutores Raimundo Quintal, Hélder Spínola, Domingos Rodrigues, Drª Violante Saramago Matos, Arquitecto Luís Vilhena, enfim, a tantos, inclusive, jornalistas que de uma forma exemplarmente profissional têm vindo a equacionar os problemas que temos por resolver. Todos são ignorantes, só ele é o "ÚNICO IMPORTANTE", o único que domina a ciência, que conhece causas e consequências, o único que defende o povo. Todos os outros são "ignorantes" e, deduzo das suas palavras, apenas querem o mal do povo e a sua desgraça. Tenho pena que a maioria da população não leia, por exemplo, as páginas 4 a 7 da edição de hoje do DN, páginas que são de grande preocupação, não leiam a questão relacionada com o Estádio dos Barreiros que vai levar mais seis milhões, a história do Hospital que de obra prioritária passou a secundária, numa autêntica trapalhada política que envolve expropriações e dramas entre os expropriados, não tenham a consciência que este "senhor governo", rapidamente, tem de ir embora e que a Madeira tem de ser entregue a pessoas que exerçam os cargos e as funções políticas com total respeito, humildade, sem tiques ditatoriais, pessoas capazes de diálogo, de saber escutar e que se encontrem muito longe de interesses pessoais e de grupo. O exercício da política constitui uma MISSÃO NOBRE e não uma oportunidade para exercer o despotismo, onde um pensa, fala no singular e todos os outros tornam-se "escravos" dessa atitude. Ele fala do povo, mas sobrepõe-se ao povo. Politicamente, está na hora do adeus ao "único importante". Deixe-nos em paz, porque a Madeira não parará, não estagnará com a sua ausência. É um favor que a todos faz. Decididamente, já não tem VOCAÇÃO para isto. Nunca foi solução, mas hoje é, de facto, o problema central da Madeira.
Ilustração: Google Imagens.

1 comentário:

Espaço do João disse...

Os frutos podres, caiem.
Nikita Krutchev quando bateu com o sapato na ONU, tão poderoso que era, caiu.
Mubarak, depois de mais de trinta anos , também caiu
Muhamar Kadafi está a baloiçar.
Isto é só questão do Povão abrir os olhos.
Pelo ar da carruagem, não creio que a próxima estação esteja longe.