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sexta-feira, 11 de março de 2011

"NÃO DEIXAR A JUVENTUDE SER ENGANADA"...


O terreno fofo chama-se ignorância. Imaginem uma aspiral que parte de dentro para fora e uma aspiral que começa de fora para dentro. Em Educação, a dentro para fora (o aluno é o centro) liberta; a de fora para dentro condiciona o futuro. É esta última a política do governo regional para a juventude.   

O Presidente do Governo não tem emenda. Eu diria que ele não tem culpa. Está no seu ADN, no mínimo, político. As palavras saem conforme as circunstâncias. Eu julgo que aquilo é do tipo, hoje vou ali, o que é que está a dar? Ah, geração à rasca, pois! É isso mesmo. Logo, arrumo o assunto com umas bocas.
E ontem, no Porto Moniz voltaram a acontecer as palavras políticas de circunstância. Leio, no DN-M que apelou aos mais velhos para que exerçam a sua influência junto dos mais novos, de modo a "não deixar a juventude ser enganada", sob pena do País continuar a "andar para trás" correndo assim o risco de "um regresso ao passado".
Ora bem, mas quem ao longo de todo este tempo teve e tem responsabilidades no processo educativo e pode ser considerado como aquele que mais enganou a juventude? Retirando, obviamente, muitos que sobreviveram nesta Escola desfocada no tempo, pelos pais, avós e disponibilidade financeira que tiveram, a esmagadora maioria não teve e não tem sucesso. A Madeira continua a ser uma Região muito deprimida no processo educativo, bastando para isso ter presente as taxas de abandono, de insucesso e de aproveitamento nos exames nacionais. Ora, sem uma política de educação séria, sem uma estratégia fundada em rigorosos processos de aprendizagem sem uma correcta política de família, sem uma profunda revisão do modelo económico gerador de estabilidade e de riqueza, obviamente que melhores resultados não podem ser esperados. E quando a Educação está regionalizada, pergunta-se se a culpa é de Lisboa? Ou será daquele que nunca a assumiu como um vector essencial de uma política de desenvolvimento?
Se esta juventude madeirense está condicionada e "à rasca", se ela, maioritariamente, não consegue sair do labirinto em que ele a meteu, só pode ter sido enganada por quem construiu o labirinto. Eu não falo em "andar para trás" naquele sentido que o ainda presidente se refere, no sentido mais político da expressão, do que ele costuma situar como o regresso à "Madeira Velha", mas que está, por diversos e profundos motivos, engatada em marcha atrás, disso não tenho dúvidas. Não avança simplesmente porque, no tempo próprio, este sistema educativo não descondiciona, não liberta, não a coloca a interrogar-se, não a desperta para a conquista do futuro. Ele lá saberá porquê, que razões é que o levam a manter esta Escola do manual e da rotina. E como se nada tivesse a ver com isso, vem pedir aos mais velhos para exercerem influência (qual?) junto dos mais novos. Eu diria pelo contrário, jovens da minha terra, libertem-se deste sistema, não se deixem enganar por quem já provou que, para controlar precisa de um terreno fofo para semear os seus interesses de poder. E o terreno fofo chama-se ignorância. Imaginem uma aspiral que parte de dentro para fora e uma aspiral que começa de fora para dentro. Em Educação, a dentro para fora (o aluno é o centro) liberta e forma; a de fora para dentro condiciona o futuro. É esta última a política do governo regional para a juventude.   
Ilustração: Google Imagens.

1 comentário:

Anónimo disse...

Enganados? Há muito pelo PSD e pelo PS! Quem manda neste país desde 1976? O PS e o PSD! Veja-se a excelência do ensino, da empresa, da justiça (vá lá que a RAM já tem 2 juizes desembargadores por lá, S Sousa e P Gouveia, mas de resto os tribunais de cá funcionam como os de lá, pelas mesmas leis miseráveis), da saúde para todos, dos políticos honestos...