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sexta-feira, 25 de março de 2011

O CINM E A RTP-MADEIRA


Sendo o assunto de relevante importância, em que o governo se agita e se submete a um mero concessionário, mereceria não uma versão do problema, mas duas versões da situação. E, aí, tudo ou muito mais ficaria esclarecido. Falar a solo é como o Dr. Jardim, no Plano e Orçamento, falar duas horas, em directo, sem ser questionado.


Continua a lavagem ao cérebro.

Acabo de seguir uma peça e uma entrevista na RTP-M com o Dr. Jorge Braga de Macedo. O assunto: o Centro Internacional de Negócios da Madeira. A "pivot" demonstrou não estar, minimamente, por dentro do assunto, ao ponto de ter questionado (não fico pasmado), repare-se: "ainda vamos a tempo" de solucionar o problema?
Braga de Macedo falou do CINM como um caso de sucesso e de perplexidade e preocupação pela situação. Foi, claramente, uma entrevista parcial e pró-governo ou pró SDM. Porque o essencial não foi colocado e analisado. Pior, ainda, tratou-se de uma entrevista a solo, como convém ao governo e certamente à televisão, sabendo que nesta matéria, concretamente, o grupo parlamentar do PS-Madeira, através do Deputado Dr. Carlos Pereira, tem vindo a assumir uma posição favorável ao Centro Internacional de Negócios, mas extremamente crítica em relação ao modelo de gestão, causa fundamental que tem levado ao abandono de muitas empresas. Assim o diz a União Europeia, onde crescem as desconfianças pela falta de transparência e de rigor. E neste caso, pergunto, se não existirão razões substantivas de poder, de favor, para que o debate, mesmo que limitado em tempo, não tivesse acontecido na RTP? 
É que sendo o assunto de relevante importância, em que o governo se agita e se submete a um mero concessionário, mereceria não uma versão do problema, mas duas versões da situação. E, aí, tudo ou muito mais ficaria esclarecido. Falar a solo é como o Dr. Jardim, no Plano e Orçamento, falar duas horas, em directo pela RTP, sem ser questionado. Que raio, para além da minha função política, sou cidadão e tenho o direito constitucional de ser esclarecido. Eu e todos os outros madeirenses e porto-santenses.
NOTA:
E porque hoje é Sexta, dois comentadores, para falarem do Sócrates e do CINM. Fiquei com a sensação que a Madeira não tem problemas graves por resolver, que estão muito, mas muito para além da queda do governo da República. Para isso, já existem outros canais nacionais, obviamente.
Ilustração: Google Imagens.

2 comentários:

F.Costa disse...

Não entendeu o "ainda vamos a tempo"?
Ela queria dizer, depois de saírem os empecilhos socialistas, anti-Madeira que, felizmente, já estão de "patins".

André Escórcio disse...

Sabe uma coisa? Não considero os meus adversários políticos, concretamente, o PSD-M, um "empecilho". Em regime democrático, não deve existir uma única voz, a voz do dono. A verdade é múltipla e, por isso, é da confrontação das leituras de processo que se alicerça o desenvolvimento.
E parafraseando o outro... "patins" há muitos!
Sei lá se alguns já não os têm calçados? O povo tanto aplaude hoje como amanhã os castiga nas urnas. É sempre uma questão de tempo. É a democracia, meu caro. Lá foi o tempo da ditadura. E veja o que está a acontecer a sistemas e regimes de grande longevidade... um pouco por todo o lado.