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sexta-feira, 15 de abril de 2011

JARDIM, A GRANDE FRAUDE OU A GRANDE FARRA?


Ele matou a democracia, instituiu o medo através da ameaça, capturou a sociedade, comprou a liberdade das pessoas, estrangulou-as no pensamento livre e subordinou-as à subsidiodependência. Para além dos túneis gerou túneis na cabeça das pessoas e, hoje, a Região é uma terra de graves desequilíbrios a todos os níveis, o pior dos quais o dos seus habitantes, despojados que estão das ferramentas necessárias ao seu desenvolvimento.



Trata-se de uma grande fraude e de uma grande farra, enquanto metáfora de trinta e tal anos a comer até estoirar. É essa farra dos dinheiros públicos, distribuídos pelas clientelas sentadas à mesa do orçamento regional, que determinaram a fraude política. O mentor de toda esta estratégia maquiavélica diz, agora, que não está para aturar “garotadas”, pois não, nem o povo está para aceitar os discursos das ofensas, tampouco a miséria para a qual o empurrou. As palavras ditas e as atitudes assumidas ficam na História e é essa narração que hoje está em livro.
Dirão alguns observadores que tem obras por toda a Madeira, mas pergunta-se, de que valeram e valem muitas dessas obras se a população continua num estádio de pobreza, evidenciando baixos níveis de escolaridade, de formação profissional, cultural, económica e social? Muito “obrou” o dito, mas isso não é mais do que a evidência do dinheiro que circulou em tempo de vacas gordas e, quando assim é, sabe-se que empreiteiros nunca faltam. A verdadeira obra de celebração do ser humano, a sua educação, cultura, liberdade e capacidade de inovação, essa foi intencionalmente desprezada para que da subjugação emergisse a mão protectora do homem que sempre desejou ser providencial.
Ele matou a democracia, instituiu o medo através da ameaça, capturou a sociedade, comprou a liberdade das pessoas, estrangulou-as no pensamento livre e subordinou-as à subsidiodependência. Para além dos túneis gerou túneis na cabeça das pessoas e, hoje, a Região é uma terra de graves desequilíbrios a todos os níveis, o pior dos quais o dos seus habitantes, despojados que estão das ferramentas necessárias ao seu desenvolvimento.
A recente paródia que foi o inquérito à comunicação social madeirense, denuncia a angústia por querer abafar todas as formas de perseguição e de condicionamento da liberdade e da equidade, a justificação do injustificável, sempre no sentido de fazer prevalecer a sua imagem de santo protector das liberdades. As dificuldades para encontrar uma sala para a apresentação de “A Grande Fraude”, explicam o medo que deriva da engrenagem.
Deu a comer a carne, pois então roa agora os ossos da farra de 36 anos. Ora, o livro vale por isso, não é uma “garotada”, mas a história contada e que deveria constituir obra de leitura obrigatória, por todos, como acto pedagógico, de como não governar. Aqui sim, deveria ser levada às “comissões de sítio”, lida e explicada, para que todos conheçam a verdadeira história de quem se manteve no poder 36 anos e que quer, contra toda a lógica e bom senso, ultrapassar 40 anos de poder absoluto.
Uma nova revolta pode estar a caminho para que a Madeira expurgue esta tentação de um homem que deseja ficar na História, não lhe interessa se pelos bons ou maus motivos. Ilustração: Google Imagens.

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