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terça-feira, 5 de abril de 2011

OS MERCADOS... SEMPRE OS MERCADOS!


"As sociedades democráticas estão em risco. O poder dominante, económico e que manda e desmanda conforme melhor lhe convém, é um poder não eleito e muitos governos, demasiados governos, não são mais que actores de um guião escrito por essa gente"

"(...) Faltam estadistas verdadeiros, homens que prezem os direitos humanos, homens com saber e visão, que venham substituir as lógicas dos umbigos partidários e dos pequenos poderes passageiros incapazes de qualquer rasgo de estratégia que possa contribuir para melhorar o mundo.
Em seu lugar, temos os mercados e as agências de rating, entidades perniciosas falsamente abstractas, mas que são constituídas por especuladores ao serviço dos potentados económicos e financeiros. Gente que em vésperas do colapso de Wall Street, em 2008, garantia a fiabilidade da banca e a segurança dos empréstimos. Gente que quando, então, se viu 'apertada' prometeu aceitar alterações para maior segurança nos mecanismos de fiscalização. Gente que até se disponibilizou a uma acção concertada para acabar com os off-shores a nível mundial. Gente que tudo disse para ganhar tempo e se reconfirmar nas suas cadeiras de poder.
E é essa gente que manda no mundo, aproveitando uma globalização económica que só lhes serve para melhor e mais facilmente explorar mão-de-obra e recolher lucros.
As sociedades democráticas estão em risco. O poder dominante, económico e que manda e desmanda conforme melhor lhe convém, é um poder não eleito e muitos governos, demasiados governos, não são mais que actores de um guião escrito por essa gente".
NOTA:
Excelente artigo de opinião, da Drª Violante Saramago Matos, publicado na edição de hoje do DN.

2 comentários:

Mercados Maus disse...

O regime democrático dá o poder a quem mais promete. Estes, para cumprir com a sua clientela, dão o que têm e o que pedem emprestado. Os tipos a quem pedem emprestado, um dia, pedem de volta.
Os bandidos...

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Lutemos pela mudança de comportamentos. Lutemos por estadistas, por aqueles que pensam na geração seguinte e não na eleição seguinte.