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sábado, 14 de maio de 2011

SENSIBILIDADE SOCIAL? ONDE?


O Secretário Regional assim discursa, mas não diz que, no Parlamento Regional, o PSD-M chumbou todas as propostas: o apoio complementar aos pensionistas, a não aplicação, em alguns casos, ou a adaptação, em outros, dos PEC 1, 2 e 3, a “remuneração compensatória” para os trabalhadores da Administração Pública Regional e local, garantindo aos funcionários a manutenção do mesmo nível remuneratório de 2010, o Complemento Regional do Abono de Família para crianças e jovens, a Majoração de 100% do Complemento do Abono de Família, para os filhos dos desempregados que tenham deixado de usufruir do subsídio de desemprego. Tudo isto foi possível na Região Autónoma dos Açores e aqui não.


O Dr. Bernardo Martins aguarda,
há mais de um ano, 
por um encontro com a Presidente
do CA do Centro Regional
de Segurança Social.
Quem se esconde, lá saberá
porque razões o faz! 


Referiu o Secretário Regional dos Assuntos Sociais e Saúde: “Hoje, mais do que nunca, dos responsáveis políticos e dos profissionais no terreno, exige-se uma maior sensibilidade social, uma atenção especial para com as famílias, verdadeiramente necessitadas” (…) “é nestas alturas que se tem de dar fôlego e ânimo a quem enfrenta situações de emergência social”.
O que é lamentável é que o governo regional da Madeira não aplique um cêntimo no apoio directo às famílias que estão a passar dificuldades. Tudo, desde o largo corpo de funcionários em toda a Região, aos programas e apoios diversos que são prestados, tudo, repetimos, é pago pela protecção social nacional. Do orçamento regional, nem um cêntimo. O Governo Regional da Madeira e o Centro Regional de Segurança Social, cumprimentam com o chapéu dos outros.
Se é correcto que seja a Segurança Social Nacional a suportar os encargos das medidas de protecção, também é defensável que no Orçamento da Região, no quadro da Autonomia, sejam inscritas verbas que possam ir ao encontro das necessidades. O problema é que o governo é mais sensível ao cimento para as obras do que à solidariedade humana.
O Secretário Regional assim discursa, mas não diz que, no Parlamento Regional, o PSD-M chumbou todas as propostas: o apoio complementar aos pensionistas, a não aplicação, em alguns casos, ou a adaptação, em outros, dos PEC 1, 2 e 3, a “remuneração compensatória” para os trabalhadores da Administração Pública Regional e local, garantindo aos funcionários a manutenção do mesmo nível remuneratório de 2010, o Complemento Regional do Abono de Família para crianças e jovens, a Majoração de 100% do Complemento do Abono de Família, para os filhos dos desempregados que tenham deixado de usufruir do subsídio de desemprego. Tudo isto foi possível na Região Autónoma dos Açores e aqui não. O que significa que o governo regional prefere aplicar, de forma cega, a austeridade sobre a população e mostra-se incapaz de ser austero consigo próprio. Os estádios de futebol, as piscinas, as pracetas, etc. estão primeiro que a solidariedade social.
É este governo que tem 800 idosos à espera por uma vaga num lar, que tem muitas dezenas de pessoas, nos corredores dos hospitais, em situação de “alta problemática”, que tem milhares de famílias em situação de absoluta carência, que vem, publicamente, falar de “sensibilidade social”. Não há palavras para tamanha hipocrisia política.
Ilustração: Google Imagens.

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