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segunda-feira, 13 de junho de 2011

REPETIR A MENTIRA CONVENIENTE ATÉ QUE PASSE POR VERDADE


Num tempo de grande complexidade em consequência do "Memorando da Troika" e do que lá se encontra escrito relativamente a esta matéria, seria muito mais desejável, correcto e de bom senso que, ao contrário, do permanente disparate discursivo, se ocupassem dos reais problemas da praça financeira em ordem a torná-la nesse poderoso instrumento âncora do desenvolvimento da Madeira nos vários níveis de análise. Párem, por isso, com a MENTIRA! E tenham em atenção o que vem a caminho no relatório elaborado pela Inspecção Geral de Finanças (IGF).

Na vida em geral e na política em particular não suporto a mentira, a aldrabice e as formas pensadas e rebuscadas para tentar ludibriar as pessoas. E tenho muita dificuldade em aceitar que façam eco das posições de algumas figuras políticas sem procurarem o respectivo contraditório. Vamos ao concreto: o presidente do governo disse, logo, é verdade. O Dr. Guilherme Silva disse, logo, é verdade. O Dr. Francisco Costa disse, logo, é verdade. Pode até corresponder à mentira mais desavergonhada, mas como o contraditório não se faz, logo, a mentira, passa a corresponder à verdade conveniente. E repetem e repetem, de forma articulada, ofendendo de permeio os outros, no pressuposto de, coitadinhos, passarem de culpados a vítimas. Não suporto isto e, por isso mesmo, nada melhor que uma audição parlamentar para apresentarem factos. Devem explicar-se o Secretário Regional das Finanças, a Drª Rita Ferreira e, se se predispuser, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (embora responda perante a Assembleia da República e não perante a Assembleia Legislativa da Madeira).
A questão do Centro Internacional de Negócios da Madeira continua no centro das atenções e pelos piores motivos. É que continua a não existir coragem política para enfrentar uma situação que decorre de um modelo de gestão comprovadamente errado. E vai daí, a persistência no erro, tem vindo a conduzir a um conjunto de artimanhas no sentido de mascarar as situações que se encontram aos olhos de todos. Não são os erros organizacionais e estratégicos de (in)competência local que estão em causa, mas sim, o "patife" (como escutei) do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Mas, nestas como em outras situações, a verdade acaba por vir ao de cima tal como o azeite. E essas desengonçadas declarações proferidas nos últimos dias vão ter que ser provadas em sede de audição parlamentar. Se o PSD chumbar a audição, obviamente, que demonstrará toda a sua má-fé. Se permitir a sua realização, então veremos quem mente em todo este processo.
E, meus senhores, a praça financeira madeirense constitui um instrumento de importância reforçada no plano da economia e das finanças da Região. Face aos diversos posicionamentos políticos sobre a existência de "paraísos fiscais", todos os cuidados são poucos em favor da sua real transparência, para que a Região possa usufruir deste instrumento. Mas, ao que parece, é o próprio governo regional, provavelmente, mal "assessorado" pela SDM, que caminha no sentido da sua "falência" ao mesmo tempo que vai conjugando desculpas, mentiras e justificações esfarrapadas. Ora, num tempo de grande complexidade em consequência do "Memorando da Troika" e do que lá se encontra escrito relativamente a esta matéria, seria muito mais desejável, correcto e de bom senso que, ao contrário, do permanente disparate discursivo, se ocupassem dos reais problemas da praça financeira em ordem a torná-la nesse poderoso instrumento âncora do desenvolvimento da Madeira nos vários níveis de análise. Párem, por isso, com a MENTIRA! E tenham em atenção o que vem a caminho no relatório elaborado pela Inspecção Geral de Finanças (IGF). E por aqui fico.
Ilustração: Google Imagens. 

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