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terça-feira, 23 de agosto de 2011

A CAMPANHA FRENÉTICA


E perante esta ruína, esta catástrofe económica, financeira, social e cultural, vem o "chefe", o responsável pela tragédia, falar de uma campanha frenética. Podem fazer dois ou três comícios por dia, podem gastar oito milhões em campanha, podem tentar comprar as consciências, podem faltar aos debates, podem controlar, através da pressão subtil ou descarada, os meios de comunicação responsáveis pelo "serviço público" que, ainda assim, no dia 9 de Outubro, milhares de eleitores darão a resposta adequada. Não é possível continuar esta louca e suicidária política. Eu quero acreditar no fim desta política que nos leva para o abismo.


Estou absolutamente convencido que esta maioria absoluta de 35 anos anos irá cair no próximo mês de Outubro. Cairá tal qual um fruto maduro, apodrecido e picado. Sinto que há um ambiente transversal na sociedade madeirense, dos mais esclarecidos aos menos familiarizados com o que se está a passar e que o tempo é de mudança. Trata-se de uma necessidade e não apenas de uma questão de posicionamento partidário. Esta nossa sociedade está a morrer, aos poucos, encontra-se em progressiva falência, disso nos dando conta varíadíssimos indicadores. Não são indicadores da oposição política. São os indicadores que ressaltam aos olhos de todos. Viveram-se anos a fio de ilusão, mantiveram a sociedade em um combate sem tréguas contra os outros quando a irresponsabilidade era local, geraram uma dívida sobre a qual há muito que não têm controlo, puseram o povo mais pobre a "pão e água" (perdoem-me o exagero da expressão), liquidaram uma grande parte do sistema empresarial e, com uma distinta lata política, vêm agora dizer que não têm liquidez, todavia, por causa dos outros. Mas quem governou a tripa forra? Quem fez ouvidos de mercador a todas as chamadas de atenção? Quem permitiu que o sistema educativo, enquanto garante do combate à pobreza, chegasse ao ponto a que chegou? Quem é que não percebe que temos mais de vinte anos de atraso na Educação? Quem permitiu que chegássemos à situação de insanável conflito no sistema de saúde? Quem é que andou a mentir sobre as taxas de desemprego? Quem é que arruinou o sistema empresarial, por não pagarem a tempo e horas? Quem criou esse monstro de mil milhões de euros de dívidas às empresas? Quem gerou 7,3 mil milhões de dívidas globais?
E perante esta ruína, esta catástrofe económica, financeira, social e cultural, vem o "chefe", o responsável pela tragédia, falar de uma campanha frenética. Podem fazer dois ou três comícios por dia, podem gastar oito milhões em campanha, podem tentar comprar as consciências, podem faltar aos debates, podem controlar, através da pressão subtil ou descarada, os meios de comunicação responsáveis pelo "serviço público" que, ainda assim, no dia 9 de Outubro, milhares de eleitores darão a resposta adequada. Não é possível continuar esta louca e suicidária política. Eu quero acreditar no fim desta política que nos leva para o abismo. Dir-me-ão que sonho! Não. Tenho os pés bem assentes no solo, sei que o dinheiro compra debilidades culturais e incapacidades em consequência de uma má preparação para os direitos e deveres de cidadania, mas também estou convencido que todos sentem as agruras da vida e que 35 anos é tempo demais no poder. Veremos.
Ilustração: Google Imagens.

7 comentários:

Anónimo disse...

Acabem de uma vez por todas com essa história da desculpa com o serviço Público. No telejornal são 6, 7 partidos por dia contra o PSD. Ou seja 3 a 4m contra 1 a 2m de inaugurações...porque o PSD não trabalha. Só o chefe inaugura! Qual é a televisão que faz esta procissão diária de partidos? Cruzes. Chega

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Não se trata de uma desculpa, até porque o acto eleitoral ainda não se realizou. Nem me verá aqui ou em qualquer outro sítio, justificar resultados com a história do "serviço público". Mas é um DIREITO da população a ser esclarecida e um DEVER da RTP/RDP provover debates entre os candidatos. É assim em qualquer parte. Seria preferível que não fizessem essa romaria diária pelos partidos, mas que promovessem debates sérios, profundos, esclarecedores da população.

António Trancoso disse...

Caro André Escórcio
A FRONTALIDADE nunca foi uma virtude da COVARDIA.
A sistemática fuga ao debate prova-o à exaustão.

Anónimo disse...

caro dr André Escorcio, o que se está a preparar na Madeira é uma monumental fraude eleitoral, anda todo caladinho á espera que o povo se mantenha adormecido e continue a votar no Alberto, falemos do que se passa na construção civil e nas lista com centenas de nomes para despedir após as eleições.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
A questão que, de forma muito pertinente, aqui aborda, consta da posição que foi assumida à qual designámos por "Agenda Oculta de AJJ". É por isso que se torna necessário debater estas questões aos olhos de todos os madeirenses.
A situação é muito preocupante. Tem toda a razão. Podemos estar à beira de um caos social de repercussões imprevisíveis.

Anónimo disse...

E uma vez mais a criatura vai dizer que não tem culpa , foram os outros que o obrigaram e que só ele pode minorar o que querem fazer á madeira.
Está na hora de trabalhar para acabar com esta maioria que nos desgoverna.
Acabei de me tornar militante para poder dar o meu contributo e lutar democraticamente para que haja futura nesta terra para mim e para os meus filhos.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário. Tomara que toda a população assumisse esse acto de cidadania e de libertação que o meu Caro interlocutor acaba de demonstrar.