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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

UMA ESPÉCIE DE JARDIM DE DINOSSAUROS


Porque se esconde e porque se assume, apenas, como "vigia da quinta"? Politicamente, é um fraco. E quem é esta personagem para falar da saída de outros da intervenção política quando se mantém há trinta e cinco anos à frente do seu partido? Que moral tem para falar de renovação? E não constituirá para ele, muito mais que a simples leitura da longevidade política, um sinal de "emprego" e de "lapa ao tacho partidário"? E quanto à "atracção turística", quem mais do que ele se presta a fotografias na praia com forasteiros, como se esta Região fosse uma espécie de Jardim de dinossauros?


O "Vigia da Quinta" como lhe chama o Padre Martins Júnior, escreve hoje mais um daqueles artigos onde, na expressão popular, "foge com o rabo à seringa". Dos assuntos quentes, aqueles temas que estão na ordem do dia enquanto preocupações determinantes do povo da Madeira, nem uma palavra. O habitual. Portanto, nada de estranhar que, logo a abrir, fale de: "As aves de rapina, profetas da desgraça, que lideram os muitos partidos da Oposição cá do sítio, são os mesmos, nunca se demitiram apesar de sucessivas derrotas, ao contrário do que sucede em qualquer País democrático e mesmo no Continente. Estão alapados ao tacho partidário, para não perder o «emprego» na Assembleia Legislativa da Madeira ou em qualquer Autarquia. Anedoticamente, para além de não terem vergonha, nem permitir uma renovação saudável nos partidos da Oposição (...) mais uma originalidade da Madeira, a pensar se podemos aproveitá-la como atracção turística". Um texto que bem poderia ser assinado pelo jovem da JSD-Madeira!
Ora bem, começo pelas "aves de rapina" e pelos "profetas da desgraça". Apenas três aspectos: primeiro, está aos olhos de qualquer pessoa que quem rapinou a Madeira nos últimos 35 anos não foi a oposição; segundo, quem gerou a desgraça de uma dívida de 7,3 mil milhões, 20.000 desempregados e 75.000 pobres não foi a oposição; terceiro, então, se está tão seguro das suas políticas, porque não as vem debater com as tais "aves" e com os tais "profetas"? Porque se esconde e porque se assume, apenas, como "vigia da quinta"? Politicamente, é um fraco. E quem é esta personagem para falar da saída de outros da intervenção política quando se mantém há trinta e cinco anos à frente do seu partido? Que moral tem para falar de renovação? E não constituirá para ele, muito mais que a simples leitura da longevidade política, um sinal de "emprego" e de "lapa ao tacho partidário"? E quanto à "atracção turística", quem mais do que ele se presta a fotografias na praia com forasteiros, como se esta Região fosse uma espécie de Jardim de dinossauros?
Oh meu caro senhor, seria tão bom para os madeirenses que se deixasse destas ridículas figuras em texto e em pessoa. A Madeira precisa de pessoas e de políticos com P maiúsculo. Dispensa esta sua conversa de treta alimentada, através de 20.000 exemplares, distribuídos de borla pela empresa da propaganda oficial. Ainda esta manhã estive, na baía de Machico, sentado numa esplanada. Vi que quem se abeirava do balcão para uma qualquer compra, um café, por exemplo, recebia um jornal de borla. Se alguém tem de ter vergonha não é certamente a oposição.
Ilustração: Google Imagens - Blogue de Ricardo Figueira.

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