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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ESTATÍSTICAS À MODA DE CÁ!


Uma situação destas que coloca em causa a competência dos serviços regionais, deveria passar pela saída de cena do atual diretor regional. Ele próprio deveria assumir essa decisão porque, se foi sério durante todo o tempo que subscreveu os documentos estatísticos e tendo sido colocada em causa a sua seriedade, manda o respeito por si próprio que se afaste. Se se mantém denuncia que está preso ao lugar e, aí, sujeita-se a um rasto de questionável transparência política. Eu, se tivesse à minha responsabilidade tão importante área e que me colocassem em causa, em vinte e quatro horas arrumava a secretária e solicitava a imediata substituição.


Parece-me absolutamente claro e sem margem para grandes dúvidas que, no plano político, a Direção Regional de Estatística funcionava de acordo com os interesses político-partidários. As históricas e patéticas declarações do Dr. Brazão de Castro, sempre a inventar qualquer coisita que demonstrasse que a situação do desemprego na Madeira não era tão grave quanto parecia, aliado ao facto daquela Direção Regional nunca ter recebido o Grupo Parlamentar do PS, apesar das solicitações feitas nesse sentido, constituem uma combinação demonstrativa da ausência de transparência nos dados remetidos para o Instituto Nacional de Estatística (INE). E a verdade é que, neste momento, na sequência do Plano de Ajustamento Financeiro, o INE tem, doravante, o controlo da estatística regional.
Aliás, na área do desemprego, durante alguns anos, pública e notoriamente, víamos os números em crescendo, todavia, para o tal ex-secretário a taxa praticamente não oscilava. Ora, o processo estatístico segue normas que estão exaustivamente definidas, daí que qualquer um ficasse pasmado perante as taxas que eram apresentadas. Enquanto cidadão, porque a Estatística é de relevante importância, espero que, a partir de agora, a verdade não seja escamoteada aos madeirenses e portosantenses.
De qualquer forma, o que se está a passar, isto é, esta direção regional, não sei por quanto tempo, ficar sob a alçada do INE, é desprestigiante para o governo regional. Uma situação destas que coloca em causa a competência dos serviços regionais (certamente que existem excelentes técnicos), deveria passar pela saída de cena do atual diretor regional. Ele próprio deveria assumir essa decisão porque, se foi sério durante todo o tempo que subscreveu os documentos estatísticos e tendo sido colocada em causa a sua seriedade, manda o respeito por si próprio que se afaste. Se se mantém denuncia que está preso ao lugar e, aí, sujeita-se a um rasto de questionável transparência política. Eu, se tivesse à minha responsabilidade tão importante área e que me colocassem em causa, em vinte e quatro horas arrumava a secretária e solicitava a imediata substituição. O lugar é político, não é de carreira profissional, daí, portanto, não me subordinaria à vergonha de outros fazerem uma leitura enviesada da minha dignidade. Mas, enfim, cada um sabe com que linhas se coze. Uma coisa parece-me evidente: este controlo do INE não surge por acaso e constitui mais uma valente pancada nesta Autonomia de papel.
Ilustração: Google Imagens.

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