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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A LATA DE ALGUNS POLÍTICOS NÃO CONHECE LIMITES


Apesar de um passado de total negação, esta manhã, porque a pobreza dispara todos os dias, a Deputada Rafaela Fernandes (PSD) manifestou interesse em ouvir a posição da Drª Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, sobre a possibilidade de criação, na Madeira, de um BACF. Só que, o que a Drª Isabel Jonet dirá na Comissão, é que o Banco, assenta em um quadro de rigorosa independência estatutária, que não depende nem da Igreja nem do governo, porque é gerido de forma totalmente independente. E nisso não sei se o PSD alinhará (nunca alinhou), uma vez que o Banco tratará a estatística da pobreza da base realidade, das verdadeiras bolsas de pobreza e isso, obviamente, não tem interessado ao governo.



Em linguagem circense, a Senhora Deputada Rafaela Fernandes (PSD) é uma contorcionista. Sempre negou a necessidade na Região de um Banco Alimentar Contra a Fome, ela e a ex-Deputada Sara André (PSD), recordo-me de tantos debates sobre esta matéria onde inventaram mil e uma justificações em sede de Comissão Especializada, inclusive, no decorrer das sessões plenárias. Todavia, apesar desse passado muito triste, esta manhã, porque a pobreza dispara todos os dias, manifestou interesse em ouvir a posição da Drª Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, sobre a possibilidade de criação, na Madeira, de um BACF. Só que, o que a Drª Isabel Jonet dirá na Comissão, é que o Banco, assenta em um quadro de rigorosa independência estatutária, que não depende nem da Igreja nem do governo, porque é gerido de forma totalmente independente. E nisso não sei se o PSD alinhará, uma vez que o Banco tratará a estatística da pobreza na base da realidade, das verdadeiras bolsas de pobreza e isso, obviamente, não interessa, ou melhor, não tem interessado ao governo. Mas é preciso ter lata! A razão é essa, é política, e é do que mais reles tem a política, porque joga contra um dos direitos fundamentais do Homem.
Lembro-me de um debate protagonizado pelo ex-Deputado Bernardo Martins (PS) dias depois do seu regresso de uma reunião, em Lisboa, exatamente, com a Drª Isabel Jonet. Tenho presente a posição do PSD protagonizada pela ex-Deputada Sara André a propósito de um projecto apresentado. Recordo-me das justificações esfarrapadas que foram dadas sempre no sentido da negação. E posso dizer mais, que eu e o Dr. Bernardo Martins conhecemos os entraves a pessoas da sociedade civil madeirense que se interessaram em liderar esse projeto e que foram, subtilmente, desencentivadas. Uma dessas figuras até oferecia o espaço para armazenamento dos produtos.
Só os excedentes da União Europeia que cabem, por direito, à Madeira, envolviam cerca de 400 toneladas de alimentos por ano. Mais de uma tonelada de alimentos por dia. Só este valor justificaria a implementação do Banco Alimentar Contra a Fome, essencial para poder ajudar as diversas instituições de solidariedade social nesse combate à fome que tanta gente sente.
Que alguém se disponibilize e que venha o Banco Alimentar Contra a Fome. Uma luta do Dr. Bernardo Martins (PS) e do Dr. Edgar Silva (PCP), sempre negada, mas que, agora, parece constituir interesse do PSD. Mas a Deputada Rafaela Fernandes (PSD) que tenha presente que o governo e a Igreja, ali, nada controlam. É assim em dezassete bancos espalhados pelo País e em mais dois existentes na Região Autónoma dos Açores.
NOTA:
Aqui deixo um texto da autoria do Senhor Padre José Luís Rodrigues (Blogue: O Banquete da Palavra) que acabo de ler.
Notícia Dnotícias desta tarde (3/2/2012): «Deputados regionais do PSD querem presença de Banco Alimentar Contra a Fome na Região».
Tanta ignorância.
O Banco Alimentar Contra a Fome nunca vai para nenhum sítio atrelado a nenhuma força partidária, nem a nenhuma entidade de cariz religioso. É sempre por iniciativa dos cidadãos.
Há mais de 6 meses que estão a trabalhar nesta iniciativa um grupo de cidadãos madeirenses de gesma para que tal se concretize.
Mas, é sim. Na nossa terra os chicos espertos sempre descobrem a pólvora. Só é pena que não descubram soluções para a calamidade colossal das dívidas onde estamos mergulhados, não inventem formas e meios para serem levadas adiante políticas que promovam a justiça social sem ser necessário existirem Bancos Alimentares e outras entidades de caris assistencialista.
É pena toda esta guerra com base na mais cruel ignorância. A nossa terra enterra-se na mediocridade e esta é a mais triste das pobrezas que nos afecta. Haverá forma de pensar num plano de resgate da mediocridade e da espertalhice saloia? Haverá um banco qualquer que nos empreste uma réstia de bom senso? Não é possível, nós madeirenses, sermos amantes da verdade? Não é possível nos entendermos quanto ao essencial e a estratégias seguras que salvem todo o nosso povo? - Mas, afinal, o que somos e quem somos?... Acho que tudo isto vai cansando e será tempo de nos organizarmos para a revolta!
Se tivesse sido eu a fazer a notícia em primeira mão levava logo com este título, porque é disso que se trata, «Banco Alimentar na Madeira começou a luta de galos»... Melhor não encontro para aferir a pobreza em que estamos mergulhados.
Na Madeira, tudo se estranha se forem os cidadãos a terem iniciativa. Até isto nos tiraram e cercearam. É proibido pensar, reflectir, ser criativo e ter iniciativa. Partidos, partidos e mais partidos. É ver o que nos fizeram os partidos. Levaram-nos à bancarrota. E porque não é possível concertar a banca que eles destruiram, então, apropriam-se da inciativa dos cidadãos, comem-na e tomam-nos a todos por pacóvios estúpidos incapazes de nada, porque somos uns ergúmenos que não merecem ter palco, tribuna. Esses tem dono, são dos partidos. Óh vida partida a nossa em que estamos mergulhados. Desculpem-me a redundância, raios me parta esta terrinha medíocre de gente medíocre...
Ainda bem, feliz eu fico, porque sei muito claramente que o Banco Alimentar nunca vai para nenhuma cidade sem ser por iniciativa dos cidadãos. Óptimo... Que se irritem e que passem muito bem todos aqueles que não sabem conviver com estes valores e princípios. Por mim só me faz muito feliz.
Deixo aqui o meu forte abraço e gratidão ao grupo de cidadãos madeirenses de todos os quandrantes que abraçaram esta causa, trabalharam durante este tempo todo para que fosse possível concretizar entre nós esta instituição. Um segredo bem guardado, só por isso, valeu a pena. E ainda mais manifesta que é possível realizarmos coisas entre nós sem ser a reboque de nada nem de ninguém...
Também se releva que o grupo está perfeitamente aberto a que mais pessoas de todos os quadrantes políticos e sociais, religiosos e ateus que desejem abraçar este projecto podem fazê-lo. Precisamos de mãos, muitas mãos para o trabalho e menos línguas afiadas para a charlatanice e poluição sonora.
José Luís Rodrigues


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