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quinta-feira, 29 de março de 2012

A DANÇA DAS CADEIRAS PARA QUE TUDO FIQUE NA MESMA



Se bem que folgue com o ataque ao "vigia da quinta", ao homem que se intitula de "único importante", pelo significado político que tem, de afronta de um grupo que não está para o aturar, na prática, isto é, para o cidadão comum, é como se virasse um vinil e ouvisse a mesma música. Não haja ilusões sobre isto. Tudo, mas tudo o que saia do interior do PSD-M constituem versões, com mais piano ou com novos instrumentos, mas o som, a melodia estará lá e será sempre reconhecida aos primeiros acordes. Aliás, perante qualquer candidatura que se oponha ao atual "vigia da quinta", perguntar-se-á, quem são aqueles que estão por detrás, isto é, que grupos económicos suportam e que figuras estarão a servir de cobertura nesta corrida? Na política não se pode ser ingénuo e todos sabem que, quando se querem "queimar" preferem a praia!


É difícil, confesso, dizer que olho para a situação sem a presença das minhas convições partidárias. Mas sei fazer esse "esforço" no sentido de colocar-me, apenas, na pele do cidadão normal, aquele cidadão que apenas é eleitor e que, portanto, não tem funções diretas ou indiretas a um partido político. Ora, aquilo que se assiste no PSD-Madeira é o corolário, previsível, de uma estrutura velha, cansada, distante de qualquer sentido inovador, que em consequência de trinta e seis anos de poder absoluto se mostra incapaz de produzir soluções adequadas às situações. E porquê? Porque a máquina política tem uma estrutura própria, rotinada, e não é pela ascensão ao "conselho de administração" de outros que dela sempre fizeram parte, que essa máquina alterará o produto que fabrica. A máquina, quanto muito, poderá beneficiar de alguns acertos marginais, mas o produto, esse, será o mesmo. Na política, depois de tantos anos, as "árvores" ganham enormes raízes, lanhosas e profundas, que se estendem por tudo quanto é sítio. Dir-se-á que o exercício prolongado da política  não faz crescer ervas daninhas, as quais, com uma simples regadela, consegue-se levantá-las pela raíz. Na política tudo isso é muito complicado, porque joga com os grandes e pequenos interesses, os cordões umbilicais que determinam o alimento para quem lidera. Logo, sendo assim, se bem que folgue com o ataque ao "vigia da quinta", ao homem que se intitula de "único importante", pelo significado político que tem, de afronta de um grupo que não está para o aturar, na prática, isto é, para o cidadão comum, é como se virasse um vinil e ouvisse a mesma música. Não haja ilusões sobre isto. Tudo, mas tudo o que saia do interior do PSD-M constituirão versões, com mais piano ou com novos instrumentos, mas o som, a melodia estará lá, e será sempre reconhecida aos primeiros acordes. Aliás, perante qualquer candidatura que se oponha ao atual "vigia da quinta", perguntar-se-á, quem são aqueles que estão por detrás, isto é, que grupos económicos suportam e que figuras estarão a servir de cobertura nesta corrida? Na política não se pode ser ingénuo e todos sabem que, quando se querem "queimar" preferem a praia! 
Ora, do meu ponto de vista, as raízes com quase quarenta anos têm de ser removidas, o terreno trabalhado e novamente semeado. Os responsáveis pela crise não podem, porque em parte alguma o foram, a solução. Os responsáveis estão identificados, porque estiveram lá, assumiram responsabilidades, vergaram-se e aceitaram todas as orientações durante muitos anos. Não podem dizer agora que nunca tiveram nada a ver com aquela gente, pois são coresponsáveis diretos e indiretos pela tragédia política, económica, financeira, social e cultural. Aqui não há lugar a um qualquer baile de máscaras quando se sabe que terminada a sessão eleitoral as "moscas" rodarão nas cadeiras para se sentarem mais à frente ou ligeiramente mais atrás, mas estarão lá sentadas à mesa do orçamento e dos privilégios.
Conclusão, pouco me rala e nada tenho a ver com tal dança, mas preocupa-me que o povo, perante este alegado conflito, não descubra que a solução não está ali, nem "no banco", mas na oposição credível que existe. Oxalá, o povo consiga olhar para o "Laboratório de Ideias" como a planta que poderá crescer no sentido da sua própria felicidade.
Ilustração: Google Imagens.

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