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sexta-feira, 27 de julho de 2012

ELE QUER A MUDANÇA DE REGIME POLÍTICO!


Mergulhou a região numa crise sem precedentes, arruinou os alicerces de uma verdadeira Autonomia, com as suas políticas desgraçou milhares de famílias e centenas de empresas, e vem agora com a treta da "mudança de regime político". Só visto! Quer ser o operador de uma mudança política como se alguém pudesse acreditar numa mudança a partir de pessoas viciadas e rotinadas no erro. Falou para lá, para a República, com o pensamento aqui, na região. Ele quer lá saber da República! Ela apenas lhe serve para manter o "inimigo externo", responsabilizar outros pelos seus próprios erros de governação e, obviamente, para receber o "dinheirinho" de que tanto precisa a região. Mais nada, o resto é conversa fiada.


Mas alguém pode acreditar num político que vem agora dizer que quer a mudança de regime político em Portugal e acabar com a burocracia? Vamos lá por partes. Desde logo, mudança de regime para que lado? Ainda mais para a direita onde o PSD-Madeira se situa, numa tentativa de "engolir" o CDS/PP? Afinal, qual é a matriz ideológica do PSD? Ora, a isto chama-se querer baralhar e confundir, intencionalmente, a opinião pública. Completamente perdido, às aranhas como sói dizer-se, o ainda presidente do governo, continua com a mesma banda sonora de um imaginário "filme" com o título genérico e paradoxal de "A fuga do paralítico". Como diz o povo, "vá bugiar" e poupe-nos. Mergulhou a região numa crise sem precedentes, arruinou os alicerces de uma verdadeira Autonomia, com as suas políticas desgraçou milhares de famílias e centenas de empresas, e vem agora com a treta da "mudança de regime político". Só visto! Quer ser o operador de uma mudança política como se alguém pudesse acreditar numa mudança a partir de pessoas viciadas e rotinadas no erro. Falou para lá, para a República, com o pensamento aqui, na região. Ele quer lá saber da República! Ela apenas lhe serve para manter o "inimigo externo", responsabilizar outros pelos seus próprios erros de governação e, obviamente, para receber o "dinheirinho" de que tanto precisa a região. Mais nada, o resto é conversa fiada.
Por outro lado, fala da burocracia dizendo que "não houve uma alminha de Deus até agora, com tantos Governos da República que já sucederam, que encarasse este fenómeno da desburocratização". É preciso ter lata ou ser vasilha, como se quiser, para esquecer que a região é AUTÓNOMA, a não ser que faça tábua rasa do Estatuto Político-Administrativo da RAM. Ele que olhe para o Estatuto, analise as competências e interrogue-se sobre os motivos que o levaram a não operacionalizar a desburocratização. Se há matérias que estão vedadas ou limitadas, a maioria poderia beneficiar de políticas no sentido de possibilitar a vida dos cidadãos e o próprio desenvolvimento mais facilitados. Basta passar um olhar pelos vários sistemas e facilmente se perceberá, no quadro da regionalização e da autonomia, o que poderia ter sido feito e não foi. Que eu saiba nunca exprimiu uma preocupação nesse sentido. Eu que passei anos a fio no sistema educativo, por exemplo, nunca dei conta de uma atitude tendencialmente facilitadora da vida docente, embora respeitando os critérios de rigor. Pelo contrário, infernizaram a vida dos professores com tanta papelada que ninguém mais lê e que se destina ao "arquivo morto". Que o digam os directores de turma!
Aliás, para o governo regional sempre mais fácil foi adaptar a legislação nacional do que criá-la. A nova legislação teve sempre o pendor dos interesses e dos fatinhos à medida. E é esta personagem política que abre a boca e diz que "isto é a herança da cultura da PIDE. Tem que se andar a vigiar toda a gente, tem que se desconfiar de toda a gente". Ora, numa só frase apresenta duas intenções que visam apagar erros próprios: primeiro, se não desburocratizou foi por desleixo dos seus governos; quanto à cultura da PIDE, pergunto, quem mais controlou a sociedade no pós 25 de Abril? Quem afastou e quem subtilmente perseguiu? Quem é que promoveu uma cultura de controlo social "totalitário" e de medo? Quem? Foram os de lá ou os de cá? É de gargalhada!
Ilustração: Google Imagens.

1 comentário:

jorge figueira disse...

Foi um belo golo conseguido a partir de um não menos belo passe em profundidade do Sr, Cor. Morna marcado na baliza dos incautos sempre prontos a engolir os números do estival "posto avançado da democracia". Os trajes podem ser mais aligeirados, umas vezes, outras não. O princípio, porém, é sempre o mesmo: manipular vontades.