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domingo, 23 de setembro de 2012

A FÚRIA PRIVATIZADORA. É APROVEITAR ENQUANTO ISTO NÃO MUDA!


Aquilo que Miguel Sousa Tavares designa por "A Grande Conspiração". E dá um exemplo: "(...) Quando o candidato Mitt Romney à presidência dos Estados Unidos é filmado numa conversa entre os seus, a dizer que não se preocupará com 47% dos americanos que votam Obama, porque se imaginam vítimas e apenas querem viver dependentes do Estado, não estamos perante uma das suas habituais asneiras, mas sim perante aquilo que é o pensamento profundo da extrema-direita económica americana, cujos filhos dilectos agora nos governam, depois de terem tomado o poder no PSD (...)". É exactamente isto que se passa em Portugal onde o governo não olha a meios para atingir os seus fins. É mais troikiano que a própria troika. Apupos, um milhão na rua, gente a chorar nas reportagens das várias televisões, dez mil frente ao Palácio de Belém, bom, dizem eles, "temos de conviver com isso" e mais, como sublinhou Passos Coelho na Comissão Política do PSD: "precisamos de estabilidade à prova de bala". De que estabilidade fala e quais os verdadeiros objectivos dessa estabilidade interna, quando o povo está na rua, porque não suporta tanta carga fiscal e tanto corte? Passos pensa que engana quem? O caminho desta direita matreira, retrógrada, desumana tem os dias contados.

 
TAP, Aeroportos e Navegação Aérea (ANA), RTP, Águas de Portugal (por enquanto a empresa de resíduos... lá chegarão ao resto), CTT, CP Carga, Caixa Geral de Depósitos, EDP, REN e outras que, certamente, vêm a caminho, enquadram-se na fúria privatizadora deste governo PSD/CDS-PP. É aproveitar enquanto o povo não os põe a andar. A ideia que prevalece é a de acelerar todos os processos. Faz parte da ideologia dominante, só não explicam é que sendo bom para o privado, por que motivo não o será para o sector público?
Não sou fundamentalista nestas e em outras matérias. Como, com um grande humor, um amigo de longa data me diz, "não vou ao ponto de nacionalizar o papel higiénico", agora, há sectores estruturantes que o Estado não deve abrir mão. Privatizar, entre outros, a Caixa Geral de Depósitos? A RTP? Bom, no caso da RTP, razão tem a Jornalista Clara Ferreira Alves que, no Expresso desta semana assume: "(...) o que o Relvas quer, talvez inteligentemente aconselhado por figuras Kremlinescas como Dias Loureiro (um intermediário não institucional em negócios de venda de media portugueses a Angola, segundo os jornais) é um canal de televisão. Quando o tiver, com os angolanos ou quem meter lá os milhões, Relvas sabe que atingiu o pináculo do poder pessoal. E negocial. E que o governo, todos os governos, lhe virão comer à mão (...)". É por isso que este pseudo-licenciado em qualquer coisa, protegido de Passos Coelho, diz só ir embora do governo quando terminar o processo de privatização da RTP. Este é o caso da estação pública, porque prevista na Constituição da República, onde são descarados os interesses que se movem, mas há, com toda a certeza, em todos os outros domínios. Por uma questão ideológica, mas também por uma questão de interesse empresarial. Melhor dizendo, pelos milhões que podem gerar. "Relvas não é o génio, apenas o intermediário num país à venda", remata a citada Jornalista. Nem mais.
É fartar vilanagem, é encher até abarrotar até porque o dinheiro não tem pátria. Ele circula, anda por aí e no caso de todos os relvas portugueses, tanto podem viver aqui, como no Brasil ou em Angola! Entretanto, depois de sugarem, depois de servidos, o tal portuguesismo pretensamente sentido através daquele pin com a bandeira portuguesa que os governantes usam na lapela do casaco, podem e serão substituídos por outros pin's! Não gosto e, por isso, evito escrever certas palavras, mas situações desta natureza são um nojo. Sobretudo porque sinto que Portugal está a ser vendido aos bocados, uma coutada para este e uma outra para aquele. Pelo meio vamos ficando mais pobres, mais dependentes, mais entregues aos interesses estrangeiros animados por uma ideologia reles e sem pingo de humanismo. Aquilo que Miguel Sousa Tavares designa por "A Grande Conspiração". E dá um exemplo: "(...) Quando o candidato Mitt Romney à presidência dos Estados Unidos é filmado numa conversa entre os seus, a dizer que não se preocupará com 47% dos americanos que votam Obama, porque se imaginam vítimas e apenas querem viver dependentes do Estado, não estamos perante uma das suas habituais asneiras, mas sim perante aquilo que é o pensamento profundo da extrema-direita económica americana, cujos filhos dilectos agora nos governam, depois de terem tomado o poder no PSD (...)". É exactamente isto que se passa em Portugal onde o governo não olha a meios para atingir os seus fins. É mais troikiano que a própria troika.
Apupos, um milhão na rua, gente a chorar nas reportagens das várias televisões, dez mil frente ao Palácio de Belém, bom, dizem eles, "temos de conviver com isso" e mais, como sublinhou Passos Coelho na Comissão Política do PSD: "precisamos de estabilidade à prova de bala" (Expreso, pág. 6). De que estabilidade fala e quais os verdadeiros objectivos dessa estabilidade interna, quando o povo está na rua, porque não suporta tanta carga fiscal e tanto corte? Passos pensa que engana quem?
O caminho desta direita matreira, retrógrada, desumana tem os dias contados. Não há acordo inter-partidário que salve esta coligação. Nem remodelação governamental que atenue a dor sentida pelos portugueses. Outubro está a chegar e a avaliar pelo actual quadro de desconfortos sem fim à vista, não me sobejam dúvidas que a pressão acabará por conduzir o País para uma clarificação. Ninguém vai aceitar, tal como sublinha Miguel Sousa Tavares, que se concretize o objectivo de Passos Coelho "(...) e do seu quinteto de terroristas económicos que querem mudar o paradigma económico mesmo que para tal tenham de destruir o País, como estão a fazer".
Ilustração: Google Imagens.

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