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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A PROPÓSITO DA PALAVRA INOVAÇÃO


Exactamente por não ter sido inovador e não ter melhorado o comportamento executivo, hoje, o dr. Jardim encontra-se em uma desesperada luta pela sobrevivência política. Na esteira de Peters torna-se simples de explicar a sua morte política: 1. não foi buscar os melhores, pelo contrário, rodeou-se sempre de pessoas submissas. Basta olhar para os sucessivos governos, e se a memória é curta, para o actual elenco governativo; 2. não leu os melhores livros, pois ficou-se pela teoria keynesiana e mal, como se Keynes tivesse sido empreiteiro, como bem salientou o Economista Carlos Pereira; 3. não soube "festejar os insucessos", como ponto de partida de aprendizagem para o sucesso; 4. não tornou a informação acessível, pelo contrário, fechou-a, bloqueou-a, impedindo o debate sério e profundo dos vários dossiês; 5. não implementou uma cultura de performance, pelo contrário, preferiu a mediocridade para que pudesse reinar, daí a expressão "único importante"; 6. não se empenhou numa aprendizagem para toda a vida, pelo contrário, conjugou o verbo repetir em todos os tempos e modos, jogando sempre com a teoria da perseguição; 7. nunca reconheceu o paradoxo e, por isso, todo o discurso foi feito no sentido de acentuar o que o chefe quer exibir e, por omissão, ocultar.
 
 
O Governo Regional da Madeira
assemelha-se a uma
"lâmpada queimada"
Como pode um político de um determinado sistema falar de inovação, agarrando-se ao significado da palavra, dando-lhe a volta e o sentido que pretende em sua defesa, quando esse político de inovador nada teve, não tem e, pelo que se vê, jamais terá? Quando ontem, junto ao Centro de Simulação Clínica falou de inovação, à memória veio-me a história do sujeito que dizia ter 30 anos de experiência, quando, na realidade, tinha uma experiência repetida trinta vezes.
Ora, se analisarmos o comportamento político, ao longo dos anos, do Presidente do Governo Regional da Madeira, de inovador nada teve. Ele apenas aplicou uma receita que se consubstanciou em três vértices: obra, controlo da sociedade e criação de um inimigo externo. Estrutura assente no dinheiro que nunca faltou ou era relativamente fácil, na ausência de conhecimento da população, tudo conjugado com um discurso caterpillar, ampliado, sobretudo, pelas rádios locais e pelo Jornal da Madeira. Assim, repetiu a primeira experiência 36 vezes e, hoje, diz-se inovador!
Em Outubro de 1994, logo no número 0 da magnífica revista Executiv Digest, da qual fui assinante até o último número,  andava eu bebendo conhecimento na área da gestão, li um artigo com um título muito sugestivo: INOVAÇÃO OU MORTE, de Tom Peters, autor de numerosos best sellers da gestão, como, por exemplo, "In Search of Excellence" e "Thriving on Chaos". Ontem, reli o texto de Peters e, apesar de se enquadrar no âmbito da gestão empresarial, pode-se dali retirar os ensinamentos essenciais e básicos para outros espaços de intervenção, inclusive, o domínio do exercício da política. Diz Peters: "a sobrevivência, seja no que for, depende da inovação e do melhoramento". Ora, exactamente por não ter sido inovador e não ter melhorado o comportamento executivo, hoje, o dr. Jardim encontra-se em uma desesperada luta pela sobrevivência política. Na esteira de Peters torna-se simples de explicar a sua morte política: 1. não foi buscar os melhores, pelo contrário, rodeou-se sempre de pessoas submissas. Basta olhar para os sucessivos governos, e se a memória é curta, para o actual elenco governativo; 2. não leu os melhores livros, pois ficou-se pela teoria keynesiana e mal, como se Keynes tivesse sido empreiteiro, como bem salientou o Economista Carlos Pereira; 3. não soube "festejar os insucessos", como ponto de partida de aprendizagem para o sucesso; 4. não tornou a informação acessível, pelo contrário, fechou-a, bloqueou-a, impedindo o debate sério e profundo dos vários dossiês; 5. não implementou uma cultura de performance, pelo contrário, preferiu a mediocridade para que pudesse reinar, daí a expressão "único importante"; 6. não se empenhou numa aprendizagem para toda a vida, pelo contrário, conjugou o verbo repetir em todos os tempos e modos, jogando sempre com a teoria da perseguição; 7. nunca reconheceu o paradoxo e, por isso, todo o discurso foi feito no sentido de acentuar o que o chefe quer exibir e, por omissão, ocultar.
Daqui se conclui que o Presidente do Governo Regional nunca teve uma sensibilidade inovadora e, por isso mesmo, a Região encontra-se em colapso económico, financeiro, social e cultural. Ontem, no Hospital, frente ao "manequim" do Centro de Simulação Clínica, olhou e questionou se o que estava a assistir não era inovação! Não teve resposta do "manequim" e, dos presentes, também não. Apenas aconteceu mais uma inauguração para juntar à tal experiência repetida 36 vezes!
Ilustração: Google Imagens.

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