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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

INDEPENDÊNCIA


O Dr. Miguel de Sousa e outros da sua área política não deveriam apenas apontar e disparar para o ar. Seria conveniente e importante, mais do que provocar estoiros inconsequentes que nem ferem os ouvidos mais sensíveis, que dissesse(m), de forma clara e inequívoca, o que pretende(m), que estudos existem visando a concretização dessa hipotética independência, se existem interesses ou não que ultrapassam Portugal e, neste caso, por parte de quem. Seria conveniente que as cartas fossem colocadas em cima da mesa, os tais interesses geoestratégicos, aqui sim, que "sociedades secretas", se existem, andam a magicar tal hipótese e com que conivência! Que encontros têm existido e se há ou não documentos sobre a matéria. Seria fundamental para a compreensão das atitudes e declarações.

 
Penso que é conceder demasiada importância a certas pessoas, ou melhor, a certas declarações de políticos cá da paróquia. Por um lado, pela ausência de novidade e sustentabilidade no que assumem, por outro, porque o sentido repetitivo numa tecla usada e gasta conduz a que se deva passar ao lado. Ora, quando o Dr. Miguel de Sousa, Vice-Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira diz "(...) Não sei se a Madeira não vai ser independente" (...) e que "neste momento, ser português, é muito mau para a Madeira", questiono-me se estas declarações transportam alguma credibilidade política! É evidente que percebo, e bem, onde ele quer chegar. "Neste momento", não interessa, face ao calote que existe por pagar. Mas, certamente, que interessou, quando "paletes" de dinheiro caíram por aí, vindas da magnânima União Europeia, via Portugal, em conjunto com outras tantas "paletes" com o selo do Orçamento de Estado. Como a maminha começa a ficar muito velhinha e murcha, logo, "neste momento", há que se virar para uma outra. Qual, não disse, nem certamente, saberá dizer. Ou saberá? Para já, importante é manter a chantagem, o ruído, como há trinta anos acontece. Só que, por lá, já conhecem bem o prato do dia e cada vez mais, em outros espaços de decisão, o paleio é bem conhecido.
Ora, o Dr. Miguel de Sousa e outros da sua área política não deveriam apenas apontar e disparar para o ar. Seria conveniente e importante, mais do que provocar estoiros inconsequentes que nem ferem os ouvidos mais sensíveis, que dissesse(m), de forma clara e inequívoca, o que pretende(m), que estudos existem visando a concretização dessa hipotética independência, se existem interesses ou não que ultrapassam Portugal e, neste caso, por parte de quem. Seria conveniente que as cartas fossem colocadas em cima da mesa, os tais interesses geoestratégicos, aqui sim, que "sociedades secretas", se existem, andam a magicar tal hipótese e com que conivência! Que encontros têm existido e se há ou não documentos sobre a matéria. Seria fundamental para a compreensão das atitudes e declarações. Se assim não for, continuaremos a assistir, periodicamente, ao folclore do costume, ao lançamento de bombinhas de mau cheiro e pouco mais do que isso. Se existe coragem, pois então, afirmem de peito aberto as convicções, não se coloquem com rodriguinhos, com jogos de palavras que valem zero. Abram o debate para que todos percebam onde querem chegar.
Pois bem, porque não vale a pena discorrer sobre o desconhecido, por aqui fico, tal como inicialmente escrevi, por ausência de novidade e sustentabilidade no que assumem.
Ilustração: Google Imagens.

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